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Dólar sobe 1,45%, maior alta em quase um mês e meio

Na semana, o dólar fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01%, após três baixas semanais seguidas

Dólar: "O investidor aproveitou os preços para comprar e se defender de eventual estresse na próxima semana" (roberthyrons/Thinkstock)

Dólar: "O investidor aproveitou os preços para comprar e se defender de eventual estresse na próxima semana" (roberthyrons/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 17h27.

São Paulo - O dólar fechou com a maior alta em quase um mês e meio nesta sexta-feira e voltou ao patamar de 3,22 reais, com investidores aproveitando os recentes preços atrativos para recompor um pouco de carteira.

O dólar avançou 1,45 por cento, a 3,2216 reais na venda, maior avanço desde 1º de dezembro (+2,40 por cento). Na mínima da sessão, a moeda marcou 3,1800 reais e, na máxima, 3,2247 reais.

Na semana, o dólar fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01 por cento, após três baixas semanais seguidas. O dólar futuro subia cerca de 1 por cento no final da tarde.

"O investidor aproveitou os preços para comprar e se defender de eventual estresse na próxima semana", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Na véspera, o dólar fechou na casa de 3,17 reais, menor patamar desde 8 de novembro (3,1674 reais).

Na próxima semana, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse e o mercado segue à procura de mais detalhes sobre como será seu governo.

Durante a campanha, Trump prometeu cortes de impostos e maiores investimentos, política que, se efetivada, obrigará o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, a ser mais enfático no seu processo de aperto monetário no país.

Nesse cenário, os recursos aplicados em outros países, como o Brasil, tendem a migrar para os Estados Unidos.

Trump decepcionou o mercado nesta semana em sua primeira entrevista coletiva à imprensa, ao não dar mais detalhes sobre sua política.

Durante a tarde, o volume financeiro no pregão diminuiu um pouco, em razão do feriado de Martin Luther King Jr. nos EUA na segunda-feira, que deixará os mercados fechados, e fez com que muitos investidores estrangeiros encerrassem mais cedo suas operações.

Assim, com menos negócios, a pressão sobre as cotações foi um pouco maior na segunda etapa.

Mais uma vez o Banco Central ficou de fora do mercado de câmbio. Ele não atua desde 13 de dezembro.

A autoridade monetária ainda não deu nenhum sinal sobre a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- com vencimento em fevereiro, equivalente a 6,431 bilhões de dólares.

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