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Dólar sobe 1% e encosta em R$2,31, puxado por cena externa

Divisa dos Estados Unidos está ganhando terreno no cenário internacional neste pregão por conta da divulgação de bom resultado das vendas no varejo no país

Dólar: moeda avançava 0,88%, a R$2,3062 na venda, com volume de cerca de US$670 milhões (Mark Wilson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 15h00.

São Paulo - O dólar acelerava a alta em relação ao real nesta terça-feira, chegando a subir 1 por cento e encostando no patamar de 2,31 reais, acompanhando o movimento de valorização no exterior com os investidores temendo redução de liquidez por parte do Federal Reserve, banco central norte-americano.

A divisa dos Estados Unidos está ganhando terreno no cenário internacional neste pregão por conta da divulgação de bom resultado das vendas no varejo no país, reforçando argumentos de que o Fed poderá reduzir o programa de estímulo monetário já no mês que vem.

"O mercado lá fora está piorando e isso está fazendo o dólar aqui acompanhar esta alta", afirmou o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato, após a divisa atingir 1 por cento de valorização ante o real.

Às 13h11, o dólar avançava 0,88 por cento, a 2,3062 reais na venda, com volume de cerca de 670 milhões de dólares. O euro tinha queda de 0,39 por cento enquanto o dólar australiano perdia 0,60 por cento ante o dólar norte-americano.

"O movimento hoje é de valorização do dólar no mundo devido aos melhores números da economia deles (Estados Unidos)", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

O dólar já começou o dia em alta em relação ao real e em sintonia com o movimento de outras moedas emergentes e de economias avançadas. E essa valorização ganhou força na sequência da divulgação dos dados de vendas no varejo nos EUA.

"As vendas no varejo reforçaram o argumento de que a redução (do estímulo norte-americano) pode vir já em setembro", afirmou o operador de um banco estrangeiro.

As vendas no varejo nos EUA excluindo carros, gasolina e materiais de construção --importante componente da medida sobre gastos do consumidor-- subiram 0,5 por cento no mês passado, mais do que o esperado.


O Fed compra mensalmente 85 bilhões de dólares em ativos e tem dito que pode reduzir esse ritmo quando a recuperação da maior economia do mundo estiver sólida.

Com a alta acelerando no final da manhã, na máxima do dia a moeda norte-americana chegou a ser cotada a 2,3092 reais na venda, aumentando a pressão do câmbio sobre a inflação e, assim, de que o Banco Central brasileiro possa atuar para evitar mais valorização.

"As duas últimas intervenções do BC ocorreram quando o dólar estava mais baixo do que está hoje", comentou um operador de banco estrangeiro.

Na quinta-feira a autoridade monetária pegou o mercado de surpresa ao anunciar um leilão de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- quando a divisa norte-americana já caía 1 por cento ante o real. E, após o fechamento daquele pregão, fez pesquisa de demanda para novo leilão, que acabou sendo realizado na manhã de sexta-feira.

Para parte dos especialistas, a ação do BC mostrou que a autoridade monetária não quer o dólar na casa de 2,30 reais justamente para não pressionar ainda mais a inflação.

Na segunda-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, reconheceu haver repasse cambial para os preços e reforçou que a "condução adequada da política monetária" ajuda a mitigar esse movimento. De maio para cá, o dólar acumula valorização de cerca de 15 por cento ante o real.

Hamilton negou, no entanto, que a autoridade monetária tenha mudado sua atuação no mercado cambial e acrescentou que a ação do BC continua "a mesma desde sempre", reforçando que não há compromisso com taxas de câmbio. "O BC se reserva o direito de intervir quando julga que as condições de mercado assim o permitam. O BC opera como sempre operou", disse Hamilton.

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São Paulo - O dólar acelerava a alta em relação ao real nesta terça-feira, chegando a subir 1 por cento e encostando no patamar de 2,31 reais, acompanhando o movimento de valorização no exterior com os investidores temendo redução de liquidez por parte do Federal Reserve, banco central norte-americano.

A divisa dos Estados Unidos está ganhando terreno no cenário internacional neste pregão por conta da divulgação de bom resultado das vendas no varejo no país, reforçando argumentos de que o Fed poderá reduzir o programa de estímulo monetário já no mês que vem.

"O mercado lá fora está piorando e isso está fazendo o dólar aqui acompanhar esta alta", afirmou o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato, após a divisa atingir 1 por cento de valorização ante o real.

Às 13h11, o dólar avançava 0,88 por cento, a 2,3062 reais na venda, com volume de cerca de 670 milhões de dólares. O euro tinha queda de 0,39 por cento enquanto o dólar australiano perdia 0,60 por cento ante o dólar norte-americano.

"O movimento hoje é de valorização do dólar no mundo devido aos melhores números da economia deles (Estados Unidos)", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

O dólar já começou o dia em alta em relação ao real e em sintonia com o movimento de outras moedas emergentes e de economias avançadas. E essa valorização ganhou força na sequência da divulgação dos dados de vendas no varejo nos EUA.

"As vendas no varejo reforçaram o argumento de que a redução (do estímulo norte-americano) pode vir já em setembro", afirmou o operador de um banco estrangeiro.

As vendas no varejo nos EUA excluindo carros, gasolina e materiais de construção --importante componente da medida sobre gastos do consumidor-- subiram 0,5 por cento no mês passado, mais do que o esperado.


O Fed compra mensalmente 85 bilhões de dólares em ativos e tem dito que pode reduzir esse ritmo quando a recuperação da maior economia do mundo estiver sólida.

Com a alta acelerando no final da manhã, na máxima do dia a moeda norte-americana chegou a ser cotada a 2,3092 reais na venda, aumentando a pressão do câmbio sobre a inflação e, assim, de que o Banco Central brasileiro possa atuar para evitar mais valorização.

"As duas últimas intervenções do BC ocorreram quando o dólar estava mais baixo do que está hoje", comentou um operador de banco estrangeiro.

Na quinta-feira a autoridade monetária pegou o mercado de surpresa ao anunciar um leilão de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- quando a divisa norte-americana já caía 1 por cento ante o real. E, após o fechamento daquele pregão, fez pesquisa de demanda para novo leilão, que acabou sendo realizado na manhã de sexta-feira.

Para parte dos especialistas, a ação do BC mostrou que a autoridade monetária não quer o dólar na casa de 2,30 reais justamente para não pressionar ainda mais a inflação.

Na segunda-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, reconheceu haver repasse cambial para os preços e reforçou que a "condução adequada da política monetária" ajuda a mitigar esse movimento. De maio para cá, o dólar acumula valorização de cerca de 15 por cento ante o real.

Hamilton negou, no entanto, que a autoridade monetária tenha mudado sua atuação no mercado cambial e acrescentou que a ação do BC continua "a mesma desde sempre", reforçando que não há compromisso com taxas de câmbio. "O BC se reserva o direito de intervir quando julga que as condições de mercado assim o permitam. O BC opera como sempre operou", disse Hamilton.

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