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Dólar sobe 1% ante real após Dilma subir em pesquisas

Às 12h53, a moeda norte-americana avançava 1,14 por cento, a 2,4760 reais na venda, após alcançar 2,4795 reais na máxima da sessão


	Dilma ampliou a liderança nas intenções de voto no primeiro turno e continua mostrando vantagem na segunda rodada
 (Nacho Doce/Reuters)

Dilma ampliou a liderança nas intenções de voto no primeiro turno e continua mostrando vantagem na segunda rodada (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 13h14.

São Paulo - O dólar ampliava a alta e subia mais de 1 por cento ante o real nesta quarta-feira, após pesquisas do Datafolha e do Ibope mostrarem liderança firme da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados financeiros, na corrida presidencial.

Às 12h53, a moeda norte-americana avançava 1,14 por cento, a 2,4760 reais na venda, após alcançar 2,4795 reais na máxima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 800 milhões de dólares.

"O mercado não está mais se baseando em fluxo, só em notícias sobre as eleições", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

Dilma ampliou a liderança nas intenções de voto no primeiro turno e continua mostrando vantagem na segunda rodada, segundo os dois levantamentos eleitorais. Já a diferença entre os rivais Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) diminuiu, tornando cada vez mais incerto quem disputará o segundo turno contra a atual presidente.

O avanço recente das intenções de voto de Dilma tem impulsionado o dólar nas últimas semanas e ajudou a moeda norte-americana a marcar em setembro a maior alta mensal em três anos, alimentando preocupações inflacionárias com o aumento dos preços de importados.

Na véspera, o Banco Central reagiu anunciando já para o primeiro pregão do mês o início da rolagem do lote de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em novembro, sinalizando a rolagem total desses contratos. Mas, segundo analistas, essa operação não é suficiente para apaziguar as pressões sobre o mercado.

"O BC tem dosado as rolagens de acordo com a volatilidade do mercado, então é razoável esperar que, num momento de nervosismo, a rolagem seja integral", disse o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Com isso, rolou cerca de 4,5 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares.

Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, com volume correspondente a 197,0 milhões de dólares.

Foram vendidos 500 contratos para 1º de junho e 3,5 mil para 1º de setembro de 2015.

A cena eleitoral também se traduziu em maior incerteza sobre o comportamento do dólar frente ao real nos próximos meses.

Pesquisa da Reuters publicada mais cedo mostrou que as projeções se espalharam muito mais, com o cenário mais pessimista projetando o dólar a 2,90 reais daqui a um ano, enquanto que o mais otimista, a 2,27 reais.

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