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Dólar sobe 1% ante o real, com ajustes e após dados dos EUA

Dados não foram suficientes para mudar as persepctivas de que o Fed manterá o atual ritmo de redução do programa de estímulos


	Mão segurando notas de dólares: às 11h02, o dólar era negociado com alta de 0,83 por cento, a 2,3405 reais na venda, afastando-se do patamar de 2,30 reais, considerado um piso informal pelo mercado
 (Stock.xchng)

Mão segurando notas de dólares: às 11h02, o dólar era negociado com alta de 0,83 por cento, a 2,3405 reais na venda, afastando-se do patamar de 2,30 reais, considerado um piso informal pelo mercado (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 11h37.

São Paulo - O dólar subia 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, num movimento de correção diante das fortes baixas nos últimos dias. Os dados de emprego nos Estados Unidos, apesar de virem melhores do que o esperado, não foram suficientes para mudar as persepctivas de que o Federal Reserve manterá o atual ritmo de redução do programa de estímulos.

Às 11h02, o dólar era negociado com alta de 0,83 por cento, a 2,3405 reais na venda, afastando-se do patamar de 2,30 reais, considerado um piso informal pelo mercado. Na máxima da sessão, chegou a 2,3457 reais.

"O dólar está de recompondo... Caiu muito nos últimos dias", afirmou o economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Em fevereiro, a moeda norte-americana acumulou perda de 2,79 por cento ante o real e, nesta semana, chegou a encostar em 2,30 reais, nível visto por especialistas como um piso informal, que ainda é capaz de ajudar nas exportações. Ao atingir esse patamar, a moeda norte-americana acabou atraindo compradores, que queriam aproveitar a cotação considerada barata.

O movimento de alta nesta manhã também era ajudado pela divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, que mostraram a abertura de 175 mil novos postos de trabalho em fevereiro, acima do esperado. A taxa de desemprego subiu ligeiramente, a 6,7 por cento no período.

Mesmo assim, boa parte do mercado entendeu que os números bons não mudam as avaliações de que o banco central dos Estados Unidos manterá o atual ritmo de redução nos estímulos, a 10 bilhões de dólares por mês, mexendo gradualmente na liquidez internacional.

A alta do dólar vinha mesmo com a atuação do Banco Central brasilerio. Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade à sua intervenção diária ao vender a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais. Foram todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano. Os contratos para 1º de agosto, apesar de terem sido ofertados, não foram vendidos. O volume financeiro ficou em 197,8 milhões de dólares.

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