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Dólar sobe 0,2% ante real, de olho em cenário político

O mercado segue monitorando eventuais novas delações que possam comprometer o governo Temer

Dólar: o dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45% (foto/Thinkstock)

Dólar: o dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45% (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 16 de junho de 2017 às 17h13.

São Paulo - Após recuar nas duas sessões anteriores, o dólar acabou terminando a sexta-feira com leve alta ante o real, numa sessão de volume reduzido devido à ponte entre o feriado de Corpus Christi e o final de semana, com os investidores de olho no cenário exterior e também no noticiário político doméstico.

O dólar avançou 0,20 por cento, a 3,2871 reais na venda, depois de oscilar antre a mínima de 3,2784 reais e a máxima de 3,2975 reais. Na semana, a moeda acumulou leve baixa de 0,15 por cento.

O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45 por cento.

"Ficamos na contramão do exterior, ainda com cautela com o político, pregão esvaziado e final de semana à frente", resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora.

O mercado segue monitorando eventuais novas delações que possam comprometer o governo e trabalha na expectativa da esperada denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, de olho nos impactos sobre o andamento das reformas no Congresso.

"A percepção de que a situação de Temer segue frágil e de que o ambiente político é ainda de completa incerteza tendem a limitar o apetite do investidor", disse mais cedo o analista de câmbio da Correparti Corretora Guilherme Esquelbek.

O dólar trabalhou predominantemente em alta desde o início da sessão, mas chegou a registrar leves baixas principalmente após dados mais fracos sobre a economia norte-americana.

Mais cedo, foi divulgado que o início das construções de novas moradias caiu 5,5 por cento em maio e, no final da manhã, que o índice de confiança do consumidor dos EUA ficou em 94,5 em junho, abaixo da previsão de 97,1.

Na quarta-feira, o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros do país pela segunda vez em três meses e, embora tenha sinalizado que pode repetir o movimento, os dados de atividade recentes têm mostrado fraqueza.

No exterior, o dólar recuava contra uma cesta de moedas e também ante algumas moedas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem dos contratos que vencem julho.

Com isso, já rolou 3,280 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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