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Dólar segue exterior e sobe 0,22% frente ao real

O dólar fechou em leve alta frente ao real refletindo alguma aversão a ativos de maior risco

Dólares: dólar avançou 0,22 por cento, a 3,2589 reais na venda (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 17h26.

São Paulo - O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta terça-feira, refletindo alguma aversão a ativos de maior risco após vários dias de tom positivo nas praças financeiras globais, mas encerrou longe das máximas do dia diante do que operadores identificaram como fluxo de entrada no mercado futuro.

O dólar avançou 0,22 por cento, a 3,2589 reais na venda, após fechar em queda nas cinco sessões anteriores e acumular baixa de 1,76 por cento no período.

A moeda norte-americana chegou a 3,2855 reais na máxima do pregão. O dólar futuro tinha leve alta de 0,12 por cento no fim da tarde.

"O mercado esteve muito tranquilo recentemente e uma hora isso inevitavelmente abre espaço para ressaca", resumiu o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Os mercados financeiros globais têm vivido um período de relativa calmaria, interrompido apenas por episódios de turbulência relacionados à saída britânica da União Europeia e à tentativa fracassada de golpe na Turquia. Nesta sessão, porém, investidores preferiam estratégias mais defensivas.

Entre os fatores que contribuíram para essa pausa no bom humor, operadores citavam dados mostrando impacto do referendo britânico sobre a confiança na Alemanha, expectativas de possível aumento de juros nos Estados Unidos neste ano e a piora das proejções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento global.

Mais do que uma reação a notícias específicas, no entanto, agentes financeiros identificavam a alta da moeda dos EUA como ajuste após as quedas recentes que se estendia por todo o mundo.

"No médio prazo, a tendência ainda é positiva para o real, uma vez que teremos mantida a atratividade em função do diferencial de taxas de juros", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

O dólar avançava contra as principais moedas emergentes e ligadas a commodities, com destaque para a alta de cerca de 1 por cento contra os dólares australiano e neozelandês.

Durante a tarde, porém, o mercado brasileiro descolou-se dos mercados externos, com operadores citando entradas de capitais no mercado futuro. "O mercado está um pouco parado em termos de notícias, mas temos visto alguns fluxos contundentes", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Segundo ele, alguns investidores estrangeiros teriam aplicado recursos no mercado de derivativos brasileiro apostando na recuperação da economia brasileira sob o comando do presidente interino Michel Temer. "Na comparação com os outros emergentes, o real parece a melhor aposta", acrescentou.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, contratos equivalentes a compra futura de dólares.

Texto atualizado às 17h25

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São Paulo - O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta terça-feira, refletindo alguma aversão a ativos de maior risco após vários dias de tom positivo nas praças financeiras globais, mas encerrou longe das máximas do dia diante do que operadores identificaram como fluxo de entrada no mercado futuro.

O dólar avançou 0,22 por cento, a 3,2589 reais na venda, após fechar em queda nas cinco sessões anteriores e acumular baixa de 1,76 por cento no período.

A moeda norte-americana chegou a 3,2855 reais na máxima do pregão. O dólar futuro tinha leve alta de 0,12 por cento no fim da tarde.

"O mercado esteve muito tranquilo recentemente e uma hora isso inevitavelmente abre espaço para ressaca", resumiu o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Os mercados financeiros globais têm vivido um período de relativa calmaria, interrompido apenas por episódios de turbulência relacionados à saída britânica da União Europeia e à tentativa fracassada de golpe na Turquia. Nesta sessão, porém, investidores preferiam estratégias mais defensivas.

Entre os fatores que contribuíram para essa pausa no bom humor, operadores citavam dados mostrando impacto do referendo britânico sobre a confiança na Alemanha, expectativas de possível aumento de juros nos Estados Unidos neste ano e a piora das proejções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento global.

Mais do que uma reação a notícias específicas, no entanto, agentes financeiros identificavam a alta da moeda dos EUA como ajuste após as quedas recentes que se estendia por todo o mundo.

"No médio prazo, a tendência ainda é positiva para o real, uma vez que teremos mantida a atratividade em função do diferencial de taxas de juros", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

O dólar avançava contra as principais moedas emergentes e ligadas a commodities, com destaque para a alta de cerca de 1 por cento contra os dólares australiano e neozelandês.

Durante a tarde, porém, o mercado brasileiro descolou-se dos mercados externos, com operadores citando entradas de capitais no mercado futuro. "O mercado está um pouco parado em termos de notícias, mas temos visto alguns fluxos contundentes", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Segundo ele, alguns investidores estrangeiros teriam aplicado recursos no mercado de derivativos brasileiro apostando na recuperação da economia brasileira sob o comando do presidente interino Michel Temer. "Na comparação com os outros emergentes, o real parece a melhor aposta", acrescentou.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, contratos equivalentes a compra futura de dólares.

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