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Dólar segue exterior e cai na véspera de decisão do Fed

O dólar caía antes o real na manhã desta quarta-feira, acompanhando o movimento em outros mercados emergentes diante do avanço das bolsas da China, mas investidores adotavam cautela na véspera da reunião do Federal Reserve e com o cenário local conturbado. Às 10:29, o dólar recuava 0,58 por cento, a 3,8401 reais na venda. A […]


	Dólar: às 10h29, o dólar recuava 0,58 por cento, a 3,8401 reais na venda
 (Ingram Publishing/ThinkStock)

Dólar: às 10h29, o dólar recuava 0,58 por cento, a 3,8401 reais na venda (Ingram Publishing/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 11h03.

O dólar caía antes o real na manhã desta quarta-feira, acompanhando o movimento em outros mercados emergentes diante do avanço das bolsas da China, mas investidores adotavam cautela na véspera da reunião do Federal Reserve e com o cenário local conturbado.

Às 10:29, o dólar recuava 0,58 por cento, a 3,8401 reais na venda. A moeda norte-americana também perdia terreno contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

"Os ganhos das ações na China estão ajudando as moedas emergentes, mas o avanço é limitado pela cautela antes da reunião do Fomc", disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed.

As bolsas chinesas saltaram quase 5 por cento nesta quarta-feira em meio a suspeitas de intervenção do governo, com uma enxurrada de compras logo antes de o mercado fechar ajudando a reverter muitas das perdas do começo da semana.

O movimento atenuou um pouco as preocupações com a desaceleração da economia da China, referência para investidores em mercados emergentes, que vêm pesando sobre o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais.

Mas o principal foco do mercado era a reunião do Fed, em meio a incertezas sobre a possibilidade de o banco central norte-americano promover a primeira alta de juros em quase uma década.

Embora a recuperação da maior economia do mundo venha dando sinais de força, as turbulências financeiras recentes nos mercados globais e a inflação persistentemente baixa nos EUA injetaram dúvidas no mercado.

Pesquisa da Reuters mostrou que uma maioria apertada prevê a manutenção dos juros norte-americanos nos atuais patamares, perto de zero. Na semana passada, a aposta ligeiramente majoritária era de aumento.

"O mercado está dividido, o que significa que a reação vai ser forte", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

No cenário local, a perspectiva de o governo enfrentar dificuldades para aprovar no Congresso medidas do pacote fiscal, além do cenário político conturbado, provocavam cautela.

Na véspera, partidos da oposição deram mais um passo em sua movimentação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e apresentaram uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele se posicione sobre os diversos procedimentos ligados a um eventual impeachment.

Pela manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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