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Dólar recua ante real antes de Yellen e com exterior

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente do mercado pelo quarto pregão seguido


	Dólar: às 9h09, o dólar recuava 0,01%, a 3,5247 reais na venda, após cair 1,74% na sexta-feira
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: às 9h09, o dólar recuava 0,01%, a 3,5247 reais na venda, após cair 1,74% na sexta-feira (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 11h00.

São Paulo - O dólar recuava frente ao real nesta segunda-feira, antes de discurso da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, e em meio à alta dos preços de commodities incluindo o petróleo.

O cenário político brasileiro ainda alimentava cautela entre os investidores, com mais notícias sobre denúncias envolvendo figuras do governo e da oposição.

Às 10:30, o dólar recuava 0,29 %, a 3,5147 reais na venda, após chegar a 3,5114 reais na mínima da sessão. O dólar futuro caía cerca de 0,35 %.

"O panorama global continua mais positivo hoje e isso favorece o real", resumiu o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

O dólar havia recuado 1,74 % frente ao real na sexta-feira, maior queda diária desde 19 de abril, após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano enfraquecerem as expectativas de aumento de juros no curto prazo na maior economia do mundo.

Yellen falará sobre as perspectivas econômicas e a política monetária às 13:30 (horário de Brasília) e invetidores buscarão no discurso mais pistas sobre os próximos passos dos juros nos EUA.

A manutenção de juros baixos nos EUA tende a ajudar moedas como o real, que se beneficiam de juros elevados em seus países de origem.

A baixa da moeda norte-americana também contribuía para sustentar os preços do petróleo ao incentivar a demanda pela commodity, impulsionada por ataques à infraestrutura na Nigéria.

No cenário local, o foco central continuava sendo o político após notícias encaradas como mistas pelo mercado.

Segundo a revista IstoÉ, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht teria afirmado, em acordo de delação premiada no âmbito da operação Lava Jato, que a presidente afastada Dilma Rousseff cobrou pessoalmente doação de campanha não informada à Justiça.

De maneira geral, operadores veem notícias que reduzam as chances de Dilma voltar ao poder ou piorem as perspectivas para seu partido, o PT, nas eleições seguintes como algo positivo. Muitos criticam as políticas adotadas durante seu primeiro mandato como um fator importante na origem da crise econômica atual.

Já notícia do jornal Folha de S.Paulo de que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, teria agido para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS provocava reações negativas junto ao mercado financeiro.

Dois ministros do governo do presidente interino Michel Temer já deixaram os cargos em meio a escândalos e investidores temem que a instabilidade política dificulte a aprovação de medidas de austeridade fiscal no Congresso.

"O mercado está operando na base do cada dia é um dia, porque todo dia você pode abrir o jornal e ver algo que muda todo o jogo", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente do mercado pelo quarto pregão seguido.

 Matéria atualizada às 10h59

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