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Dólar tem leves variações em dia de feriado nos EUA

Às 9h06, o dólar recuava 0,09%, a 3,6079 reais na venda, após avançar 0,38% na sessão passada e voltar a superar os 3,60 reais


	Dólares: às 9h06, o dólar recuava 0,09%, a 3,6079 reais na venda, após avançar 0,38% na sessão passada e voltar a superar os 3,60 reais
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólares: às 9h06, o dólar recuava 0,09%, a 3,6079 reais na venda, após avançar 0,38% na sessão passada e voltar a superar os 3,60 reais (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 10h41.

São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas frente ao real nesta segunda-feira, com investidores evitando fazer grandes operações em sessão marcada por baixo volume de negócios devido a feriado dos Estados Unidos.

Às 10h22, o dólar recuava 0,11%, a 3,6070 reais na venda, após subir 0,38% na sessão passada e voltar a superar 3,60 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,1%.

"Com os EUA parados, o mercado aqui fica bem devagar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.

O mercado brasileiro já vinha mostrando liquidez reduzida desde sexta-feira, na sequência do feriado nacional de Corpus Christi na véspera.

Nesta segunda, o feriado norte-americano do "Memorial Day", que mantinha as praças financeiras fechadas nos EUA, ajudava a manter essa tendência nos mercados brasileiros.

Operadores não descartavam a possibilidade de volatilidade nesta sessão, já que a baixa liquidez tende a acentuar o impacto de operações pequenas.

Outro fator que pode agitar os negócios é a proximidade do cálculo da Ptax de maio, taxa formulada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Investidores costumam disputar para deslocar as cotações a patamares favoráveis a suas posições. A Ptax de maio será fechada na terça-feira.

Olhando para prazos mais longos, operadores afirmaram que a moeda norte-americana tende a se fortalecer em nível global nos próximos meses conforme ficar mais claro que o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar o juro mais cedo. 

Isso pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

No Brasil, o movimento deve ser influenciado também pelo cenário político, com muitos agentes financeiros evitando assumir riscos diante da perspectiva de que o governo do presidente interino Michel Temer enfrente dificuldades para aprovar no Congresso Nacional medidas de austeridade fiscal.

Esses temores políticos têm sido acentuados, nas últimas semanas, por uma série de notícias sugerindo que figuras importantes do PMDB e do próprio governo Temer se oporiam às investigações da operação Lava Jato. 

Na semana passada, isso resultou na exoneração do então ministro do Planejamento, o senador peemedebista Romero Jucá (RR).

"Não vejo o dólar voltando para abaixo de 3,50 reais tão cedo", disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam.

A moeda norte-americana chegou a flertar com níveis mais baixos do que 3,50 reais ao longo das últimas semanas, mas o Banco Central brasileiro frequentemente aproveitou a ocasião para intervir no câmbio.

Alguns operadores acreditam que a autoridade monetária teria como objetivo combater a fraqueza do dólar para proteger as exportações, apesar do impacto inflacionário da alta da moeda dos EUA.

O BC não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente pela sétima sessão consecutiva, período em que a divisa norte-americana se firmou acima desse patamar.

Matéria atualizada às 10h41

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