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Dólar recua na abertura, de olho em China e petróleo

Às 10:23, o dólar recuava 0,12 por cento, a 4,0469 reais na venda


	Notas de dólar: nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro
 (Gary Cameron/Reuters)

Notas de dólar: nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 09h39.

São Paulo - O dólar tinha leve queda em relação ao real nesta terça-feira, acompanhando o movimento em outros mercados de câmbio após a China intensificar seus esforços para estabilizar o iuan.

O humor continuava frágil, porém, em meio a persistentes preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo e à incerteza em relação à política econômica e monetária no Brasil.

Às 10:23, o dólar recuava 0,12 por cento, a 4,0469 reais na venda. A divisa norte-americana também caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

"A agenda está um pouco fraca, então o mercado está se recuperando com o exterior um pouco mais positivo. Mas não dá para descartar alguma volatilidade porque as coisas ainda estão muito incertas", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

O banco central chinês permitiu novamente que o iuan se valorizasse nesta terça-feira, amparado naquilo que analistas descreveram como compras agressivas de iuanes nos mercados externos.

A decisão vem após a queda recente da moeda chinesa desencadear uma onda de preocupações nos mercados globais.

Muitos operadores entenderam a decisão de permitir uma desvalorização cambial como um sinal de fraqueza econômica mais ampla.

Embora o governo chinês tenha voltado atrás e promovido nova valorização do iuan nos últimos dias, investidores continuavam apreensivos, em meio a dúvidas sobre as intenções da China.

O movimento dos preços do petróleo também atraía atenção, com a commodity mostrando alguma tranquilidade após atingir a mínima em quase 12 anos. A volatilidade nos preços do petróleo vem pressionando as commodities e deprimindo o apetite por ativos de mercados emergentes.

No cenário local, investidores aguardavam novas pistas sobre a estratégia do governo para lidar com a crise econômica. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana que vem é o foco mais imediato, com a maioria dos operadores apostando que os juros básicos devem subir 0,50 ponto percentual.

Texto atualizado às 10h38.

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