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Frustração com leilões do pré-sal mantém dólar em alta

Às 12:24, o dólar avançava 0,36%, a 4,0963 reais na venda

Câmbio: dólar tinha pouca variação contra o real em uma sessão volátil nesta quinta-feira (Vadym Petrochenko/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 09h21.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 12h40.

São Paulo — O dólar subia contra o real nesta quinta-feira, chegando a ultrapassar a marca dos 4,10 reais na sessão, com a frustração dos investidores em relação à participação de empresas estrangeiras nos leilões do pré-sal compensando o otimismo comercial no exterior.

Às 12:24, o dólar avançava 0,36%, a 4,0963 reais na venda, depois de ter chegado a subir mais de 0,9% no início do pregão.

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Mais cedo na sessão, o dólar chegou a operar acima do nível de 4,10 reais, registrando 4,1037 reais na venda.

O dólar à vista fechou em firme alta de 2,22% na véspera, a 4,0818 reais na venda, maior variação percentual diária desde 27 de março, após um resultado decepcionante do leilão de excedentes da cessão onerosa.

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,36%, a 4,0985 reais.

A sessão desta quinta-feira era marcada pela ampla decepção dos investidores em relação aos leilões do pré-sal, após um segundo dia de ofertas dominadas pela Petrobras, confirmando os temores sobre a falta de interesse de empresas estrangeiras no petróleo brasileiro.

Nesta quinta, somando-se ao pessimismo do resultado do dia anterior, um consórcio da Petrobras com a chinesa CNODC arrematou o bloco Aram, na Bacia de Santos, durante a 6ª Rodada de licitação de áreas do pré-sal sob regime de partilha. Não houve propostas para os outros blocos ofertados.

O governo brasileiro negociou na quarta-feira duas áreas do excedente da cessão onerosa por cerca de 70 bilhões de reais. A licitação, que poderia gerar cerca de 106,6 bilhões de reais em bônus se as quatro áreas do pré-sal tivessem sido vendidas, ficou concentrada em lances da Petrobras e de duas empresas chinesas.

"Havia uma expectativa que não se confirmou", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. Segundo ele, a falta de lances de empresas estrangeiras nos leilões de petróleo "frustra a expectativa de maior entrada de dólares" no mercado.

"Agora, a cotação busca um patamar de equilíbrio sem essa expectativa de fluxos", completou.

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