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Dólar fecha em queda e renova menor patamar desde fim de julho

Mercado vê poucas novidades em discurso do presidente do Federal Reserve

Dólar cai 0,9% e fecha sendo vendido a 5,241 reais (Yuji Sakai/Getty Images)

Dólar cai 0,9% e fecha sendo vendido a 5,241 reais (Yuji Sakai/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 09h12.

Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 17h16.

O dólar fechou em queda de 0,9% contra o real e encerrou o pregão desta quarta-feira, 16, sendo negociado por 5,241 reais na venda - o menor patamar desde o fim de julho. No mercado, os investidores repercutiram o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, feito após a decisão de manter os juros americanos no intervalo entre 0% e 0,25%.

Apesar de o dólar ter tocado a mínima intradia durante a fala de Powell, o mercado, que tinha alguma esperança de anúncios de novas medidas de estímulo, interpretou o discurso como o "mais do mesmo".  Um dos destaques ficou apenas para a declaração de que o juro americanos devem se manter próximo de 0% por mais três anos.

Na visão de Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos, a manutenção dos juros baixos nos Estados Unidos é positivo para o real. "Juros baixos lá, é entrada de dólar em países emergentes", comenta. Embora veja a manutenção como positiva, Nagem vê isso apenas como continuidade da abordagem que já vinha sendo feita pelo Fed.

"Não teve nada de novo. Mas como o [preço do] dólar ainda está exagerado aqui, quando não tem novidade no exterior nem internamente, ele cai."

 

Também nos Estados Unidos, foi divulgado pela manhã os dados de vendas do varejo de agosto, que tiveram crescimento mensal de 0,6%, abaixo das expectativas de 1% de alta. Já na comparação anual o aumento do volume de vendas foi de 2,57%.

No Brasil, os investidores aguardam a decisão do Copom, que também deve manter as taxas de juros inalteradas, em 2% ao ano, encerrando a sequência de quedas. Após a última reunião, ainda se sondava um novo corte de juros, mas a elevação do risco fiscal a dados de inflação reduziram as expectativas. Por aqui, a atenção do mercado deve se ater às declarações sobre inflação e se manterão a porta aberta para novos cortes.

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