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Dólar perde força com entrada pontual de estrangeiros

Moeda deixou cotação com leves variações diante da entrada pontual de investidores estrangeiros que aproveitaram o valor mais alto

Dólar: às 12h,moeda subia 0,39%, a R$2,3577 na venda; na abertura, a moeda chegou a cair cerca de 0,5%, chegando a R$2,3345 na mínima. (Ali Mohammadi/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 12h15.

São Paulo - O dólar perdia o fôlego em relação ao real nesta quarta-feira, deixando a cotação com leves variações diante da entrada pontual de investidores estrangeiros que aproveitaram o valor mais alto da moeda.

Às 12h, o dólar subia 0,39 por cento, a 2,3577 reais na venda. Na abertura, a moeda chegou a cair cerca de 0,5 por cento, chegando a 2,3345 reais na mínima. O volume estava em pouco mais de 480 milhões de dólares, de acordo com dados da BM&F .

"É uma resposta a fluxo. Duas corretoras fizeram operações específicas para estrangeiros e ocorreu essa aliviada no câmbio", afirmou um operador de câmbio de banco brasileiro que pediu anonimato.

Mas como houve uma entrada localizada, a moeda dos Estados Unidos resistia no terreno positivo, mas não com o mesmo ímpeto visto mais cedo em resposta aos sinais renovados de fortalecimento da economia dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana chegou a abrir em queda, que logo se reverteu após os EUA divulgarem que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu 2,5 por cento, de acordo com a taxa anualizada. O crescimento do trimestre foi mais que o dobro do ritmo registrado nos três meses anteriores.

O resultado reforça as expectativas dos investidores de o Federal Reserve começar a reduzir o programa de estímulo monetário, que injeta mensalmente 85 bilhões de dólares na maior economia do mundo.

"A melhora da economia dos EUA pode afugentar investidores que vão voltar a colocar seus recursos em portos mais seguros, e isso provoca um pouco mais de ruído da taxa de câmbio", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira.

Os sinais de fortalecimento da economia dos EUA ofuscaram a nova atuação do Banco Central, que vendeu o lote integral de 10 mil contratos de swap cambial mais cedo com vencimento em 2 de dezembro de 2013.


Analistas e operadores creditam ao programa diário de intervenção do BC o fato de o dólar ter registrado sucessivas quedas no Brasil, apesar das expectativas em relação à decisão do Federal Reserve na reunião de 17 e 18 de setembro e com a possibilidade de os Estados Unidos iniciarem uma ação militar na Síria.

Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,86 por cento, a 2,3480 reais, na contramão de outras moedas de países emergentes como o peso mexicano.

Analistas ainda levantam a possibilidade de saída de investidores do país caso se confirme a expectativa de um ataque à Síria no mesmo momento em que a economia dos EUA mostra sinais de estar melhorando, causando mais estresse no câmbio.

"É possível o dólar subir por aqui diante do contexto da Síria, mas num movimento uniforme com todas as moedas do mundo e não descolado", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

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São Paulo - O dólar perdia o fôlego em relação ao real nesta quarta-feira, deixando a cotação com leves variações diante da entrada pontual de investidores estrangeiros que aproveitaram o valor mais alto da moeda.

Às 12h, o dólar subia 0,39 por cento, a 2,3577 reais na venda. Na abertura, a moeda chegou a cair cerca de 0,5 por cento, chegando a 2,3345 reais na mínima. O volume estava em pouco mais de 480 milhões de dólares, de acordo com dados da BM&F .

"É uma resposta a fluxo. Duas corretoras fizeram operações específicas para estrangeiros e ocorreu essa aliviada no câmbio", afirmou um operador de câmbio de banco brasileiro que pediu anonimato.

Mas como houve uma entrada localizada, a moeda dos Estados Unidos resistia no terreno positivo, mas não com o mesmo ímpeto visto mais cedo em resposta aos sinais renovados de fortalecimento da economia dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana chegou a abrir em queda, que logo se reverteu após os EUA divulgarem que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre cresceu 2,5 por cento, de acordo com a taxa anualizada. O crescimento do trimestre foi mais que o dobro do ritmo registrado nos três meses anteriores.

O resultado reforça as expectativas dos investidores de o Federal Reserve começar a reduzir o programa de estímulo monetário, que injeta mensalmente 85 bilhões de dólares na maior economia do mundo.

"A melhora da economia dos EUA pode afugentar investidores que vão voltar a colocar seus recursos em portos mais seguros, e isso provoca um pouco mais de ruído da taxa de câmbio", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira.

Os sinais de fortalecimento da economia dos EUA ofuscaram a nova atuação do Banco Central, que vendeu o lote integral de 10 mil contratos de swap cambial mais cedo com vencimento em 2 de dezembro de 2013.


Analistas e operadores creditam ao programa diário de intervenção do BC o fato de o dólar ter registrado sucessivas quedas no Brasil, apesar das expectativas em relação à decisão do Federal Reserve na reunião de 17 e 18 de setembro e com a possibilidade de os Estados Unidos iniciarem uma ação militar na Síria.

Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,86 por cento, a 2,3480 reais, na contramão de outras moedas de países emergentes como o peso mexicano.

Analistas ainda levantam a possibilidade de saída de investidores do país caso se confirme a expectativa de um ataque à Síria no mesmo momento em que a economia dos EUA mostra sinais de estar melhorando, causando mais estresse no câmbio.

"É possível o dólar subir por aqui diante do contexto da Síria, mas num movimento uniforme com todas as moedas do mundo e não descolado", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

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