Mercados

Dólar opera perto da estabilidade com alívio externo

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março


	Dólares: às 9:08, o dólar recuava 0,04 por cento, a 3,9821 reais na venda, após avançar nas três sessões anteriores
 (thinkstock)

Dólares: às 9:08, o dólar recuava 0,04 por cento, a 3,9821 reais na venda, após avançar nas três sessões anteriores (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 09h37.

São Paulo - O dólar rondava a estabilidade frente ao real nesta sexta-feira, influenciado pela trégua na aversão a risco nos mercados externos ao fim de uma semana de fortes turbulências, embora persistisse a cautela em relação à saúde da economia global e às perspectivas fiscais no Brasil.

Às 10:17, o dólar avançava 0,15 por cento, a 3,9898 reais na venda, após subir nas três sessões anteriores. O dólar futuro, que havia ampliado a alta após o fechamento do mercado à vista na véspera, caía cerca de 0,25 por cento.

"Com a estabilização dos mercados de ações e do petróleo, a busca por ativos mais seguros perdeu força", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes.

Eles ressaltaram, porém, que a volta dos mercados chineses na segunda-feira, após feriado de uma semana, deve trazer novos elementos de incerteza.

Temores de que a fraqueza na economia chinesa e o tombo dos preços do petróleo contaminem a economia global vêm reduzindo o apetite por ativos de maior risco e pressionando moedas emergentes, como o real.

Declarações do ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, alimentaram expectativas de corte coordenado na produção de petróleo, elevando os preços da commodity nesta sessão.

Esse movimento serviu de gatilho para melhora no sentimento nos mercados globais, mas operadores ressaltavam que o humor continuava frágil.

No cenário local, investidores permaneciam apreensivos com as perspectivas fiscais no Brasil, após o governo adiar para março o anúncio do corte no Orçamento de 2016.

Operadores não gostaram das sinalizações de que o contingenciamento será menor do que o promovido nos últimos anos, em meio à profunda recessão econômica.

"O mercado está sedento por mais informações sobre o ajuste fiscal. Há muitas incertezas e isso favorece a volatilidade", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, que equivalem a 10,118 bilhões de dólares, com oferta de até 11,9 mil contratos.

Texto atualizado às 10h37.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarLeilõesMoedas

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame