Mercados

Dólar ignora exterior e fica estável ante real, atento a BC

Mercado trabalhou com fluxos pontuais e volumes pequenos devido à vigilância das autoridades brasileiras sobre o câmbio


	A moeda norte-americana fechou com leve queda de 0,02 %, para 2,0096 reais na venda
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A moeda norte-americana fechou com leve queda de 0,02 %, para 2,0096 reais na venda (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 17h42.

São Paulo - O dólar encerrou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, na contramão do exterior, com o mercado trabalhando com fluxos pontuais e volumes pequenos devido à vigilância das autoridades brasileiras sobre o câmbio.

A moeda norte-americana fechou com variação negativa de 0,02 %, para 2,0096 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociações ficou em torno de 2,4 bilhões de dólares.

No acumulado da semana, o dólar registrou leve alta de 0,51 % frente à divisa do Brasil.

"O mercado está operando dentro do conforto da taxa de cerca de 2 reais, que é uma taxa que, segundo o (ministro da Fazenda, Guido) Mantega, carrega impacto nulo sobre a inflação", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "O mercado está se balizando no discurso do governo".

A criação de emprego nos Estados Unidos superou as expectativas do mercado, com a abertura de 165 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em maio, ante previsão de 145 mil.

Refletindo o otimismo com a maior economia do mundo, índices acionários norte-americanos atingiam máximas intradia recordes e moedas emergentes ganhavam terreno ante o dólar.

A moeda dos Estados Unidos cedia 0,77 % frente ao peso mexicano e recuava 0,40 % em relação ao peso chileno.

O desempenho do real era inferior, no entanto, devido à forte vigilância das autoridades brasileiras sobre o câmbio, que têm afirmado repetidamente o desejo de estabilidade da moeda.

Segundo grande parte do mercado, o BC impôs uma banda informal entre os patamares de 1,95 e 2,03 reais com o intuito de conter a inflação sem, ao mesmo tempo, prejudicar a indústria.

Atualizada às 17h42.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarMercado financeiroMoedasReal

Mais de Mercados

Wall Street tem dia de liquidação e bolsas caem até 3,4% nos EUA

O que é 'carry trade'? Entenda a operação por trás das quedas do mercado nesta segunda-feira

O que é a Regra de Sahm e por que ela acende alerta de recessão nos EUA

Caos nas bolsas: mercado precifica possível corte de emergência do Fed

Mais na Exame