Dólares: o Fed anuncia às 17h sua decisão sobre os juros (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 13h54.
São Paulo - O dólar reduziu a queda e voltou a girar em torno de 4,05 reais nesta quarta-feira, embalado pelas perdas em Wall Street e por uma leve piora no desempenho de outras moedas emergentes, em um mercado de baixa liquidez conforme investidores aguardavam a decisão do Federal Reserve mais tarde.
Às 14:34, o dólar recuava 0,20 por cento, a 4,0619 reais na venda, após atingir 4,0287 reais na mínima da sessão e 4,0737 reais na máxima.
"O evento do dia é a decisão do Fed. Antes disso, o mercado fica pequeno e volátil, flutuando ao léu", disse o operador de um banco nacional.
O Fed anuncia às 17h sua decisão sobre os juros e operadores amplamente apostam que o resultado deve ser a manutenção dos juros.
No fim do ano passado, o banco central norte-americano promoveu a primeira alta das taxas em uma década.
O que mais interessa aos investidores agora é o tom do comunicado no qual o Fed anuncia sua escolha, que deve trazer pistas sobre o quanto o tombo dos preços do petróleo e crescentes sinais de desaceleração da economia chinesa afetaram seus planos.
"Esperamos um Fed mais 'brando', diante das incertezas com China e elevada volatilidade dos mercados", escreveram analistas da Guide Investimentos em relatório.
Isso poderia atenuar a pressão sobre moedas emergentes, já que juros mais altos nos EUA tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros locais.
No entanto, operadores ressaltam que o dólar continua apresentando viés de alta.
"O dólar ainda continua sensível a altas. Temos muita incertezas, tanto internas como externas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na quinta-feira, será divulgada a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após a controversa decisão de manter os juros básicos em 14,25 por cento na semana passada.
O BC brasileiro realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.
Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 9,572 bilhões de dólares, ou cerca de 92 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.