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Dólar fecha estável ante o real com eleições e balança

No fim, a moeda à vista negociada no balcão foi cotada a R$ 2,2420, valor idêntico ao da sexta-feira


	Dólar: vencimento para outubro - que fecha às 18 horas - subia 0,35%, aos R$ 2,2625
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Dólar: vencimento para outubro - que fecha às 18 horas - subia 0,35%, aos R$ 2,2625 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 17h28.

São Paulo - O dólar interrompeu nesta segunda-feira, 01, uma sequência de quatro baixas consecutivas, mas ao mesmo tempo não teve fôlego para subir, encerrando o dia estável ante o real.

Com o mercado financeiro fechado nos EUA, a liquidez no Brasil também foi reduzida.

Ainda assim, dois fatores internos fizeram preço no câmbio: a especulação com as eleições e a balança comercial.

Enquanto o primeiro fator trazia um viés de baixa para a moeda americana, o segundo sustentou leves ganhos para o dólar durante a tarde.

No fim, a moeda à vista negociada no balcão foi cotada a R$ 2,2420, valor idêntico ao da sexta-feira.

Já o vencimento para outubro - que fecha às 18 horas - subia 0,35%, aos R$ 2,2625.

Pela manhã, as pesquisas eleitorais mais recentes, do Ibope e do Datafolha, continuaram a influenciar os negócios na renda fixa e também no câmbio.

Tudo porque a candidata Marina Silva (PSB) passou a ser apontada como a favorita na disputa, vencendo Dilma Rousseff (PT) em simulações de segundo turno.

Neste cenário, o dólar repetiu o comportamento visto na semana passada, de baixa ante o real, tendo marcado a mínima da sessão na abertura e por volta das 10 horas (de R$ 2,2340, em baixa de 0,36%).

Às 10 horas, aliás, o Banco Central já havia finalizado seu leilão diário de swaps (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o que contribuía para o viés negativo para o dólar.

Na operação, o BC vendeu 10 mil contratos, injetando US$ 197,8 milhões no sistema.

As oscilações do dólar, no entanto, eram contidas, em meio ao giro fraco em função do feriado nos EUA.

Perto das 16h30, a moeda à vista havia movimentado um total de apenas US$ 657,3 milhões, sendo US$ 580,7 milhões em D+2. No mercado futuro, a moeda para outubro movimentava US$ 8 bilhões.

À tarde, o cenário mudou um pouco. Os dados da balança comercial de agosto vieram positivos, mas foram relativizados, em função da exportação de uma plataforma de petróleo.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve superávit comercial de US$ 1,168 bilhão em agosto, acima do esperado pelo mercado (déficit de US$ 100 milhões a superávit de US$ 1 bilhão).

Chamou a atenção ainda nos dados da balança o superávit de US$ 1,034 bilhão na semana passada, a quinta semana de agosto.

Além disso, houve exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 1,1 bilhão, o que inflou o resultado do mês passado.

Caso não ocorresse esta saída de plataforma do país - contabilizada como exportação -, o resultado de agosto seria perto da estabilidade. No ano, o País acumula um superávit de apenas US$ 249 milhões.

Em meio às ponderações sobre o resultado da balança de agosto, o dólar virou e chegou a marcar a máxima de R$ 2,2440 (+0,09%) às 15h19.

Na reta final, a moeda americana perdeu força novamente e encerrou cotada nos R$ 2,2420, mesmo patamar de sexta-feira, a despeito de o vencimento para outubro sustentar ganhos.

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