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Dólar fecha em queda mesmo após dois leilões do BC

Por Rosangela Dolis São Paulo - O dólar comercial fechou hoje com queda de 0,06% a R$ 1,723, no mercado interbancário de câmbio, a segunda menor cotação de fechamento do ano - o menor câmbio de 2010 é de R$ 1,7200, verificado em 4 de janeiro. No mês, a moeda registra perda de 1,88% e […]

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 14h17.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - O dólar comercial fechou hoje com queda de 0,06% a R$ 1,723, no mercado interbancário de câmbio, a segunda menor cotação de fechamento do ano - o menor câmbio de 2010 é de R$ 1,7200, verificado em 4 de janeiro. No mês, a moeda registra perda de 1,88% e no ano acumula queda de 1,15%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou o pregão também a R$ 1,723, recuo de 0,06%. O euro comercial registrou cedeu de 0,14% para R$ 2,189.

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Mesmo repetindo a estratégia de ontem de fazer um segundo leilão de compra de dólar perto do fechamento dos negócios, o Banco Central não conseguiu conter uma nova queda da moeda norte-americana hoje. Logo após a segunda intervenção, quando o BC definiu uma taxa de corte de R$ 1,7242, o dólar reverteu queda de 0,06% para alta de 0,12%, a R$ 1,7260, mas não sustentou a valorização. A estratégia de duplo leilão de compra da divisa norte-americana foi retomada pelo BC ontem, depois de quatro meses da adoção de apenas um leilão diário.

A pressão baixista sobre o dólar foi reforçada hoje com a divulgação de mais cerca de US$ 1,05 bilhão em novas captações externas por empresas brasileiras, além dos cerca de US$ 4,2 bilhões já contabilizados pelo mercado desde terça-feira e do ingresso de dezenas de bilhões de dólares esperado para a capitalização da Petrobrás no fim do mês.

Chegaram hoje ao mercado informações sobre captações previstas pela Suzano (US$ 500 milhões), Banco Cruzeiro do Sul (US$ 250 milhões) e pelo grupo JBS (US$ 300 milhões). Elas se somam às captações de Odebrecht (US$ 500 milhões), Vale (US$ 1,75 bilhão) e Telemar (US$ 1 bilhão), confirmadas ontem, e a emissão feita hoje pelo BNDES de € 750 milhões de euros (cerca de US$ 950 milhões).

Para o mercado, o fluxo positivo deverá manter trajetória de queda para a divisa norte-americana, porém, com o BC se mostrando pronto a agir na direção contrária, em ritmo mais lento. Um piso de R$ 1,70 persiste na mente dos operadores, mas se ontem tal patamar era visto no curto prazo, agora está no radar dos agentes para o final do mês.

No exterior, dados econômicos melhores do que o esperado nos Estados Unidos dissiparam algumas preocupações sobre o ritmo da recuperação econômica e tiraram pressões sobre o dólar.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em queda de 0,71% e foi negociado em média à R$ 1,82 na ponta de venda e a R$ 1,69 na compra. O euro turismo cedeu de 0,43% a R$ 2,317 (venda) e R$ 2,147 (compra).

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