Dólares: atividade industrial da China e superávit comercial do Brasil colaboraram com queda (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 17h52.
São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, 01, com um dado sobre a atividade industrial da China impulsionando o sentimento em relação às moedas emergentes, enquanto o superávit comercial do Brasil também colaborou nesse movimento.
A indefinição sobre a rolagem dos US$ 9,46 bilhões em swaps cambiais que vencem em agosto foi outro fator a trazer volatilidade.
O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2050, com queda de 0,32%. Por volta das 16h30, o giro estava em US$ 2,46 bilhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa.
No mercado futuro, o dólar para agosto perdia 0,56%, a R$ 2,2225. O volume de negociação era de quase US$ 12,90 bilhões.
O dólar também perdia terreno ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o dólar australiano (-0,67%), o dólar canadense (-0,29%) e o dólar neozelandês (-0,16%).
O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial oficial da China subiu para 51,0 em junho, de 50,8 em maio, informou a Federação de Logística e Compra da China (CFLP).
O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana da previsão dos economias, de avanço para 51,1. Enquanto isso, o PMI industrial medido pelo HSBC no país subiu para 50,7 em junho, de 49,4 em maio, segundo números finais.
Esse dado impulsionou especialmente as moedas emergentes da Ásia.
Depois de ter aberto em alta, o dólar passou a cair ainda no início da manhã, concomitantemente com a "ração diária" de swaps do Banco Central e após a divulgação do índice ISM de atividade industrial nos EUA, que veio abaixo do esperado.
O forte superávit comercial do Brasil em junho também colaborou com a fragilidade do dólar hoje.
O saldo na balança no mês passado ficou positivo em US$ 2,365 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Apesar de ter ficado um pouco abaixo da mediana das projeções, de US$ 2,7 bilhões, é o melhor resultado para um mês de junho em três anos.
Com esse número, o déficit no acumulado do ano diminuiu para US$ 2,490 bilhões.