Dólar fecha com leve alta com preocupações fiscais no Brasil
O dólar avançou 0,12%, a 3,2534 reais na venda, após chegar a 3,2709 reais na máxima e 3,2245 reais na mínima do dia
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2016 às 17h30.
São Paulo - O dólar fechou com leve alta frente ao real nesta sexta-feira, com incertezas sobre as perspectivas fiscais do Brasil parcialmente ofuscando o efeito de dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e menores expectativas de alta dos juros norte-americanos no curto prazo.
O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,2534 reais na venda, após chegar a 3,2709 reais na máxima e 3,2245 reais na mínima do dia. A moeda norte-americana acumulou queda de 0,57 por cento frente ao real na semana.
O dólar futuro perdia cerca de 0,25 por cento nesta tarde.
"O (cenário) político neste momento está mais incerto do que o mercado esperava quando imaginava como seria o pós-impeachment. Isso compensou um pouco o efeito do relatório de emprego dos Estados Unidos", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
Atritos relacionados à base governista alimentaram preocupações com a capacidade do recém-empossado presidente Michel Temer aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional.
Operadores querem ver demonstração de força política de Temer para que voltem a apostar consistentemente na recuperação da credibilidade do Brasil com investidores. O presidente está na China participando do encontro do G20.
"Clima político perde atratividade no curto prazo, uma vez que nada de importante deve ser decidido até o retorno do presidente na semana que vem", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.
Mesmo assim, o dólar encerrou longe das máximas do dia, após a economia norte-americana criar 151 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado, abaixo de expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.
O número pegou muitos operadores no contrapé, após os dados da ADP --que incluem apenas o setor privado-- apresentarem resultado forte no mesmo período.
Investidores vinham aumentando suas apostas em elevação de juros iminente nos EUA após autoridades do Fed sugerirem que isso poderia ocorrer até mesmo no mês que vem.
Juros mais altos tendem a pressionar ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos elevados.
Segundo pesquisa do Citi com clientes divulgada antes dos dados publicados nesta sexta-feira, número menor do que 150 mil vagas seria suficiente para eliminar qualquer chance de elevação de juros em setembro.
Após o relatório, os juros futuros passaram a mostrar chance de cerca de 50 por cento de aperto monetário em dezembro e probabilidades baixas de que as taxas subam antes disso.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro voltou a vender a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
Texto atualizado às 17h29
São Paulo - O dólar fechou com leve alta frente ao real nesta sexta-feira, com incertezas sobre as perspectivas fiscais do Brasil parcialmente ofuscando o efeito de dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos e menores expectativas de alta dos juros norte-americanos no curto prazo.
O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,2534 reais na venda, após chegar a 3,2709 reais na máxima e 3,2245 reais na mínima do dia. A moeda norte-americana acumulou queda de 0,57 por cento frente ao real na semana.
O dólar futuro perdia cerca de 0,25 por cento nesta tarde.
"O (cenário) político neste momento está mais incerto do que o mercado esperava quando imaginava como seria o pós-impeachment. Isso compensou um pouco o efeito do relatório de emprego dos Estados Unidos", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
Atritos relacionados à base governista alimentaram preocupações com a capacidade do recém-empossado presidente Michel Temer aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional.
Operadores querem ver demonstração de força política de Temer para que voltem a apostar consistentemente na recuperação da credibilidade do Brasil com investidores. O presidente está na China participando do encontro do G20.
"Clima político perde atratividade no curto prazo, uma vez que nada de importante deve ser decidido até o retorno do presidente na semana que vem", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.
Mesmo assim, o dólar encerrou longe das máximas do dia, após a economia norte-americana criar 151 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado, abaixo de expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.
O número pegou muitos operadores no contrapé, após os dados da ADP --que incluem apenas o setor privado-- apresentarem resultado forte no mesmo período.
Investidores vinham aumentando suas apostas em elevação de juros iminente nos EUA após autoridades do Fed sugerirem que isso poderia ocorrer até mesmo no mês que vem.
Juros mais altos tendem a pressionar ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos elevados.
Segundo pesquisa do Citi com clientes divulgada antes dos dados publicados nesta sexta-feira, número menor do que 150 mil vagas seria suficiente para eliminar qualquer chance de elevação de juros em setembro.
Após o relatório, os juros futuros passaram a mostrar chance de cerca de 50 por cento de aperto monetário em dezembro e probabilidades baixas de que as taxas subam antes disso.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro voltou a vender a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
Texto atualizado às 17h29