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Dólar fecha abaixo de R$ 3,80 e Bolsa passa 103 mil pontos com Previdência

Aprovação da reforma na Comissão Especial deu um impulso à bolsa e ao real, que alcançaram novos marcos.

Ilustração de notas de dólar
12/02/2018
REUTERS/Jose Luis Gonzalez (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Ilustração de notas de dólar 12/02/2018 REUTERS/Jose Luis Gonzalez (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 4 de julho de 2019 às 17h30.

Última atualização em 4 de julho de 2019 às 17h40.

A aprovação do texto da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara deu um impulso extra à bolsa brasileira e o real, que alcançaram novos marcos nesta quinta-feira (4). O Ibovespa avançou mais de 1,56%, superando os recordes anteriores aos 103.653 mil pontos. Enquanto isso, o dólar fechou abaixo de R$ 3,80, no menor valor desde março.

O mercado reagiu com euforia à aprovação, com a leitura de que ela aumento a chance de a matéria passar no plenário da Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar. "O movimento geral, obviamente, é o avanço da Previdência", disse à Reuters Rodrigo Zauner, sócio da SVN Investimentos. "Agora começaram a surgir sinais mais claros da aprovação."

A equipe da XP Investimentos escreveu em relatório ver a Bolsa como o melhor ativo para investir, com potencial de atingir 115 mil pontos até o final do ano, e140 mil até o final de 2020.

Nos EUA, as bolsas não funcionaram em razão do feriado do Dia da Independência e a bolsa brasileira ficou praticamente descolada do exterior.

Na Europa, os índices rondaram níveis recordes em mais de um ano nesta quinta, com avanço dos bancos italianos após o país evitar uma ação disciplinar da União Europeia por suas finanças públicas e diante de sinais de que as negociações comerciais entre EUA e China estão de volta aos trilhos.

Outros destaques do dia

A rede de móveis e eletrodomésticos VIA VAREJO valorizou mais de 5%, dando sequência à valorização recente, com expectativas relacionadas à mudança no comando da rede de móveis e eletrodomésticos.

A companhia aérea AZUL subiu acima de 5% e GOL avançou mais de 7%, tendo como pano de fundo a queda do dólar, além de expectativas de potenciais benefícios para as companhias com a situação da Avianca Brasil, em recuperação judicial.

RD ganhou 4,65%, também entre as maiores altas da sessão. Na véspera, analista do Brasil Plural elevou a recomendação para 'overweight' destacando sólida execução na companhia em administrar margens.

A ação do Banco Inter (BIDI4) chegou a subir mais de 7% na B3, depois que seu conselho de administração aprovou o programa de units (papéis que reúnem ações ordinárias e preferenciais) destinado a acionistas da companhia. Aspirante a sexto maior banco de varejo do país, o Inter acumula alta de mais de 65% desde o começo do ano.

Antes, a instituição tinha apenas papéis preferenciais, que dão aos acionistas prioridade na distribuição de dividendos, mas não dão direito a voto em assembleias. Com a mudança, os acionistas poderão ter uma participação mais ativa nas decisões da companhia. Outro objetivo é dar mais liquidez (facilidade de compra e venda) aos papéis no longo prazo.

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