Dólar fecha a R$ 2,2190, influenciado por exterior
O dólar à vista negociado no balcão subiu 0,77% ante o real
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 17h16.
São Paulo - Em mais um dia de ajustes, o dólar à vista negociado no balcão subiu 0,77% ante o real, para R$ 2,2190.
Assim como a quinta-feira, 19, a moeda americana buscou, nesta sexta-feira, 20, novo patamar de acomodação, após o forte recuo de quase 3% na última quarta-feira, 18, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a manutenção de seu programa de estímulos à economia.
O movimento de alta do dólar esteve em sintonia com o verificado no exterior, onde a moeda americana também ganhou força após declarações de membros do Fed. No Brasil, a liquidez também foi reduzida, com a greve dos bancários limitando as operações.
Na mínima da sessão, verificada às 10h19, o dólar atingiu R$ 2,1950 (-0,32%) no balcão e, na máxima, às 16h17, marcou R$ 2,2210 (+0,86%). Da mínima para a máxima, a moeda americana oscilou +1,18%. As 16h49, o dólar para outubro tinha alta de 0,79%, a R$ 2,2245.
Pela manhã, a moeda americana mostrou certa volatilidade, oscilando entre altas e baixas em busca de um equilíbrio ante o real. Mas as declarações do presidente da unidade de Saint Louis do Fed, James Bullard, que vota nas decisões de política monetária da instituição, trouxeram pressão para os negócios.
Bullard afirmou que a decisão do Fed, de manter a injeção de US$ 85 bilhões por mês na economia, foi difícil. Já a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, afirmou que a não redução dos estímulos foi "decepcionante". Esther foi a única a votar contra a manutenção.
Estes comentários deram força à leitura de que o Fed pode iniciar a redução de seu programa ainda em 2013 - o que reduziria a liquidez nos mercados. Com isso, o dólar manteve o viés de alta no exterior e também avançou no Brasil.
"Ocorre hoje uma recomposição de posições em função das declarações do Bullard, no sentido de que, possivelmente, o Fed vai começar a reduzir seu programa de estímulos", comentou Jefferson Luiz Rugik, diretor-presidente da Correparti Corretora. "O mercado está voltando para o equilíbrio. Um dólar abaixo de R$ 2,20 já nos parecia irreal", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.
A liquidez mais baixa no Brasil, de acordo com Rugik, também favoreceu o avanço da moeda. "Como os negócios ficam restritos, uma operação já é capaz de mexer com o mercado", comentou. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro à vista contido, de apenas R$ 763,9 milhões, sendo R$ 721,0 milhões em D+2. No mercado futuro, o giro do dólar para outubro era de US$ 14,706 bilhões - bem abaixo dos mais de US$ 20 bilhões registrados na quinta-feira, 19.
Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, afirmaram que a greve dos bancários, que atinge todo o país desde a quinta-feira também limita os negócios com moeda. Um dos gargalos estaria no back office dos bancos.
"As mesas de câmbio até conseguem fazer cotações, mas o back office está desfalcado. Assim, eles não conseguem fechar contratos, executar operações", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. "Hoje, cotamos operações para alguns clientes nossos, mas os bancos se recusaram a fazer, porque há problema de pessoal", confirmou Rugik.
São Paulo - Em mais um dia de ajustes, o dólar à vista negociado no balcão subiu 0,77% ante o real, para R$ 2,2190.
Assim como a quinta-feira, 19, a moeda americana buscou, nesta sexta-feira, 20, novo patamar de acomodação, após o forte recuo de quase 3% na última quarta-feira, 18, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a manutenção de seu programa de estímulos à economia.
O movimento de alta do dólar esteve em sintonia com o verificado no exterior, onde a moeda americana também ganhou força após declarações de membros do Fed. No Brasil, a liquidez também foi reduzida, com a greve dos bancários limitando as operações.
Na mínima da sessão, verificada às 10h19, o dólar atingiu R$ 2,1950 (-0,32%) no balcão e, na máxima, às 16h17, marcou R$ 2,2210 (+0,86%). Da mínima para a máxima, a moeda americana oscilou +1,18%. As 16h49, o dólar para outubro tinha alta de 0,79%, a R$ 2,2245.
Pela manhã, a moeda americana mostrou certa volatilidade, oscilando entre altas e baixas em busca de um equilíbrio ante o real. Mas as declarações do presidente da unidade de Saint Louis do Fed, James Bullard, que vota nas decisões de política monetária da instituição, trouxeram pressão para os negócios.
Bullard afirmou que a decisão do Fed, de manter a injeção de US$ 85 bilhões por mês na economia, foi difícil. Já a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, afirmou que a não redução dos estímulos foi "decepcionante". Esther foi a única a votar contra a manutenção.
Estes comentários deram força à leitura de que o Fed pode iniciar a redução de seu programa ainda em 2013 - o que reduziria a liquidez nos mercados. Com isso, o dólar manteve o viés de alta no exterior e também avançou no Brasil.
"Ocorre hoje uma recomposição de posições em função das declarações do Bullard, no sentido de que, possivelmente, o Fed vai começar a reduzir seu programa de estímulos", comentou Jefferson Luiz Rugik, diretor-presidente da Correparti Corretora. "O mercado está voltando para o equilíbrio. Um dólar abaixo de R$ 2,20 já nos parecia irreal", acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.
A liquidez mais baixa no Brasil, de acordo com Rugik, também favoreceu o avanço da moeda. "Como os negócios ficam restritos, uma operação já é capaz de mexer com o mercado", comentou. Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro à vista contido, de apenas R$ 763,9 milhões, sendo R$ 721,0 milhões em D+2. No mercado futuro, o giro do dólar para outubro era de US$ 14,706 bilhões - bem abaixo dos mais de US$ 20 bilhões registrados na quinta-feira, 19.
Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, afirmaram que a greve dos bancários, que atinge todo o país desde a quinta-feira também limita os negócios com moeda. Um dos gargalos estaria no back office dos bancos.
"As mesas de câmbio até conseguem fazer cotações, mas o back office está desfalcado. Assim, eles não conseguem fechar contratos, executar operações", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. "Hoje, cotamos operações para alguns clientes nossos, mas os bancos se recusaram a fazer, porque há problema de pessoal", confirmou Rugik.