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Dólar recua mais de 2% com dados econômicos e acordo comercial no radar

Presidente Donald Trump afirma que tratado com a China permanece “intacto”, após rumores de que teria acabado

Dólar: moeda americana pode cair até R$ 4,20 se romper patamar de R$ 5,09, aponta especialista (Gary Cameron/Reuters)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 23 de junho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 23 de junho de 2020 às 17h53.

O dólar fechou em forte queda frente ao real, nesta terça-feira, 23, refletindo o maior apetite a risco nos mercados globais, após dados econômicos da Europa e dos Estados Unidos terem ficado acima das expectativas. A confirmação, por parte do presidente Donald Trump, de que o acordo comercial entre China e Estados Unidos segue “intacto” também contribuiu para o tom positivo, após rumores de que o mesmo havia acabado. Com isso, o dólar comercial caiu 2,3% e encerrou sendo vendido a 5,153 reais. O dólar turismo, que também recuou 2,3%, fechou cotado a 5,43 reais

Na Zona do Euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto de junho ficou em 47,5 pontos, pouco abaixo dos 50 pontos que delimitam a expansão da contração da atividade econômica, mas acima da projeção de mercado de  42,4 pontos. Os dados da França e do Reino Unido foram ainda melhores, chegando a apontar para alguma expansão da atividade, principalmente fabril. Nesses dois países, o PMI industrial ficou levemente acima dos 50 pontos.

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Nos Estados Unidos, os dados também ajudaram a sustentar o otimismo com a recuperação econômica. Por lá, o PMI industrial ficou em 49,6 pontos ante a projeção de 48 pontos. As vendas de casas novas referentes a maio também surpreenderam positivamente, apontando para crescimento de 16,6% em relação em relação ao mês de abril. A expectativa era de que esse número saltasse apenas 2,9%.

"Os dados demonstraram geraram maior otimismo sobre uma recuperação rápida das economias, com a melhora da pandemia", disse Fabrizio Valloni,chefe da mesa de câmbio e sócio da Frente Corretora.

A confirmação do presidente Donald Trump de que o acordo comercial com a China permanece “intacto” também deu maior segurança para os investidores migrarem para ativos de risco. A mensagem foi uma tentativa de acalmar os ânimos, após o conselheiro comercial da Casa Branca, Peter Navarro, afirmar, na véspera, que acordo estava “acabado”.

No cenário interno, as atenções estiveram com a ata da última reunião do Copom, que voltou a sinalizar que pode haver mais um corte residual, mas afirmou que a taxa básica de juros está próxima do limite mínimo.

Para Vanei Nagem, a sinalização do Copom foi positiva para o mercado de câmbio. “Havia alguma expectativa de até mais dois cortes. Mas agora ficou bem claro que vão fazer, no máximo, só mais um corte de 0,25 p.p. e encerrar a sequência de quedas”, disse,

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