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Dólar comercial abre em baixa de 0,18%, a R$ 1,659

Presidente do Fed ainda acreduta que o sistema financeiro americano ainda está em risco

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros, o dólar à vista não havia registrado negociações até as 10h08 (Getty Images)

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros, o dólar à vista não havia registrado negociações até as 10h08 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 10h38.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,659 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,18% e foi cotada a R$ 1,662 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista não havia registrado negociações até as 10h08 (horário de Brasília).

Na manhã de hoje, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Saint Louis, James Bullard, voltou a falar sobre o futuro da política monetária norte-americana que, segundo ele, não pode continuar extremamente frouxa para sempre. Ele avaliou ainda que o debate sobre as estratégias de saída será um ponto importante em 2011 e que o sistema financeiro norte-americano ainda está em risco, com os bancos se tornando ainda maiores. Com isso, ele volta a dar sustentação ao dólar, mas sem fôlego suficiente para que as cotações se desprendam muito da estabilidade.

No Brasil, a medida cambial oficializada hoje - de cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% sobre operações de empréstimo externo com prazo superior a 90 dias e até um ano - não surte efeito de imediato nas cotações. A decisão foi amplamente antecipada pelos agentes, com o vazamento pela imprensa nos últimos dias. Há semanas os operadores comentavam a expectativa de taxação desse tipo de captação e falavam em antecipação das entradas de recursos por parte dos investidores. Essa vinha sendo, inclusive, a justificativa para o forte ingresso líquido de recursos neste mês, de US$ 11,8 bilhões até o dia 23, sendo US$ 9,7 bilhões pelo segmento financeiro.

Mas se a medida cambial não tem forte impacto no curto prazo, como ocorreu com outras mudanças anteriores, no longo prazo a avaliação é de que limitará os ingressos, facilitando a tarefa do Banco Central (BC) de evitar a valorização indesejada do real. "É difícil o dólar voltar a cair na magnitude e na velocidade do passado. O BC está segurando as cotações e está cada vez mais claro que o governo não quer o dólar abaixo desses níveis atuais. Ontem essa ideia foi reforçada pelo leilão que rolou o vencimento dos swaps cambiais reversos", disse um experiente profissional do mercado doméstico de câmbio.

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