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Dólar comercial abre em alta de 0,52%, a R$ 1,561

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que "o governo continuará tomando medidas para segurar o real", em Londres

Dólar está cada vez mais perto de romper para baixo a marca de R$ 1,55 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 19h31.

São Paulo - O mercado interbancário de câmbio negocia o dólar comercial em alta de 0,52%, a R$ 1,561, às 10h07, nas primeiras transações desta terça-feira. Na abertura, a moeda norte-americana tinha o mesmo valor (R$ 1,561, também em alta de 0,52%). O euro comercial registra alta de 0,13%, a R$ 2,261.

O dólar está cada vez mais perto de romper para baixo a marca de R$ 1,55 e, no mercado, cresce a inquietude com a possibilidade de que o governo volte a desengavetar medidas para conter a apreciação do real. Não sem razão. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, falou duas vezes sobre o assunto. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Londres avisou: "o governo continuará tomando medidas para segurar o real". "As medidas podem ser no mercado à vista ou no futuro", completou.

"Eu tenho certeza que o governo irá soltar algo se o dólar cair mais", disse um operador do mercado de câmbio doméstico pouco antes de Mantega vir a público. E acrescentou: "o problema é que tá entrando tanto dólar que não adiantará nada tomar medidas simples". Segundo esse profissional do mercado, na situação atual, se quiser efeitos concretos, o governo terá que partir para "medidas duras e menos populares". Em outras palavras: quarentena. "Isso é horrível, mas são medidas assim que poderão, talvez, resolver um pouco", concluiu.

Para um outro analista, o governo voltou a "tentar segurar o dólar no grito". Ele vislumbra possibilidades de o governo agir, mas não considera que isso é o mais provável. Esse profissional ressalta o fato de que o fluxo efetivo de recursos, agora, não é positivo como se viu no primeiro trimestre do ano. Na sua percepção, que é compartilhada por vários operadores, a pressão de queda do dólar é decorrente de arbitragens entre dólar e real via derivativos.

Esse profissional destaca que, hoje, o governo deve contar com o cenário internacional para interromper o recuo do dólar, já que a cautela em relação à Grécia voltou a aumentar e está contaminando os mercados. O desconforto vem no rastro da notícia de ontem, de que a S&P poderá considerar a Grécia em situação de não pagamento (default) se os bancos reinvestirem, mesmo que voluntariamente, parte do dinheiro obtido com os títulos gregos em papéis da dívida da Grécia, para evitar que a nação quebre. O BCE disse que, se as outras agências - Moody's e Fitch - seguirem o mesmo comportamento, não aceitará os títulos do país.

Nos EUA, devem esquentar as discussões em torno do limite de endividamento do país. O Congresso cancelou o recesso que teria nesta semana para debater o assunto.

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São Paulo - O mercado interbancário de câmbio negocia o dólar comercial em alta de 0,52%, a R$ 1,561, às 10h07, nas primeiras transações desta terça-feira. Na abertura, a moeda norte-americana tinha o mesmo valor (R$ 1,561, também em alta de 0,52%). O euro comercial registra alta de 0,13%, a R$ 2,261.

O dólar está cada vez mais perto de romper para baixo a marca de R$ 1,55 e, no mercado, cresce a inquietude com a possibilidade de que o governo volte a desengavetar medidas para conter a apreciação do real. Não sem razão. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, falou duas vezes sobre o assunto. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Londres avisou: "o governo continuará tomando medidas para segurar o real". "As medidas podem ser no mercado à vista ou no futuro", completou.

"Eu tenho certeza que o governo irá soltar algo se o dólar cair mais", disse um operador do mercado de câmbio doméstico pouco antes de Mantega vir a público. E acrescentou: "o problema é que tá entrando tanto dólar que não adiantará nada tomar medidas simples". Segundo esse profissional do mercado, na situação atual, se quiser efeitos concretos, o governo terá que partir para "medidas duras e menos populares". Em outras palavras: quarentena. "Isso é horrível, mas são medidas assim que poderão, talvez, resolver um pouco", concluiu.

Para um outro analista, o governo voltou a "tentar segurar o dólar no grito". Ele vislumbra possibilidades de o governo agir, mas não considera que isso é o mais provável. Esse profissional ressalta o fato de que o fluxo efetivo de recursos, agora, não é positivo como se viu no primeiro trimestre do ano. Na sua percepção, que é compartilhada por vários operadores, a pressão de queda do dólar é decorrente de arbitragens entre dólar e real via derivativos.

Esse profissional destaca que, hoje, o governo deve contar com o cenário internacional para interromper o recuo do dólar, já que a cautela em relação à Grécia voltou a aumentar e está contaminando os mercados. O desconforto vem no rastro da notícia de ontem, de que a S&P poderá considerar a Grécia em situação de não pagamento (default) se os bancos reinvestirem, mesmo que voluntariamente, parte do dinheiro obtido com os títulos gregos em papéis da dívida da Grécia, para evitar que a nação quebre. O BCE disse que, se as outras agências - Moody's e Fitch - seguirem o mesmo comportamento, não aceitará os títulos do país.

Nos EUA, devem esquentar as discussões em torno do limite de endividamento do país. O Congresso cancelou o recesso que teria nesta semana para debater o assunto.

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