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Dólar comercial abre em alta de 0,24%, a R$ 1,654

Apesar da alta na abertura, o movimento do dólar ao longo do dia ainda é indefinido

Movimento do dólar ao longo do dia ainda não está definido (Alex Wong/Getty Images)

Movimento do dólar ao longo do dia ainda não está definido (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 09h41.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,24%, negociado a R$ 1,654 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, o primeiro de 2010, a moeda americana recuou 0,84% e foi cotada a R$ 1,65 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu o dia em alta de 0,32%, a R$ 1,6542.

Apesar da alta na abertura, o movimento do dólar ao longo do dia ainda é indefinido. No exterior, as sinalizações para o rumo do dólar são conflitantes, com a moeda norte-americana perdendo valor diante de algumas divisas, mas ganhando fôlego em relação a outras. Já as principais bolsas, em alta, demonstram continuidade no apetite por risco e tendem a favorecer o real.

A pressão de queda do dólar no primeiro pregão de 2011 teria sido resultado de vendas de dólar futuro por parte de um fundo com necessidade de fazer hedge (proteção) para uma operação estruturada envolvendo opções. Ou seja, o movimento seria técnico, mas decorrente de montagem de novas operações para arbitragem. Como é habitual, o início do ano deve dar margem para realocação de recursos nas carteiras, que podem provocar oscilações importantes na taxa de câmbio.

O mercado acredita que o Banco Central (BC) continuará mantendo os leilões duplos diários de compra de dólares no mercado à vista, como ocorreu ontem e no dia 30 de dezembro. Quanto a outras medidas que impeçam uma maior apreciação do real no curtíssimo prazo, há menos expectativas. A ideia de realização de leilões de swap e as prometidas compras por parte do Fundo Soberano do Brasil (FSB) parecem esquecidas, pelo menos por enquanto.

"Ninguém comenta isso no momento", garantiu um operador de mercado, embora vários profissionais afirmem que todos estão de olho nas sinalizações da nova equipe econômica e nas movimentações do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Por enquanto, o mercado vê as declarações dos novos ministros como institucionais. É necessário esperar e observar as ações", acrescentou o operador.

Vale lembrar que ontem o presidente do BC, Alexandre Tombini, defendeu a redução das metas de inflação e disse que a manutenção da estabilidade é o principal objetivo, a mando da presidente Dilma Rousseff. Já o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, defendeu o câmbio flutuante, mas afirmou que o governo não assistirá inerte à valorização do real e às consequências negativas disso na indústria. Nesse contexto, sinalizou com medidas de desoneração dos setores prejudicados e não com medidas cambiais.

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