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Dólar comercial abre em baixa de 0,59% a R$ 1,7585

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa de 0,59% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,7585. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em queda de 0,45%, a R$ 1,76. O mercado doméstico de câmbio saiu para o feriado de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa de 0,59% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,7585. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em queda de 0,45%, a R$ 1,76. O mercado doméstico de câmbio saiu para o feriado de Páscoa computando dados positivos de produção industrial ao redor do mundo e volta às atividades considerando os números também favoráveis do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Se de um lado os sinais de retomada econômica generalizados aguçam o apetite por risco e derrubam a cotação da moeda norte-americana, como ocorreu na quinta-feira, por outro, quando as notícias positivas se concentram sobre os EUA, dão força à moeda do país. É o que ocorre hoje no exterior, onde, o euro registrava baixa ante o dólar.

Ainda assim, os operadores domésticos de câmbio mostram disposição em derrubar a cotação do dólar ante o real pelo quinto pregão consecutivo. É que, diante do cenário internacional positivo, pesam as perspectivas de entradas de recursos. Depois de semanas esperando, os analistas viram os recursos chegarem abundantemente na semana de 22 a 26 de março. No período, a saldo cambial foi positivo em US$ 3,875 bilhões. "Não vale a pena comprar dólar porque a expectativa é de entrada de recursos. Enquanto o cenário externo melhora, só a perspectiva de entrada do Tesouro no mercado pesaria para a compra de dólares", diz um operador, acrescentando, no entanto, que o mercado só vai reagir novamente a essa variável se ela se efetivar.

E as notícias de captações continuam. A última novidade é a confirmação de uma operação da JBS Friboi. A empresa anunciou uma oferta de ações que poderá atingir R$ 2,187 bilhões, com base na cotação de fechamento os papéis da empresa na bolsa na quinta-feira (R$ 8,10). O valor é menor do que a expectativa inicial (R$ 3,5 bilhões), mas representa, ainda assim, mais uma entrada potencial de recursos. A JBS pretende emitir 200 milhões de ações em uma oferta primária, cujos recursos irão para o caixa da companhia. Caso haja demanda, poderão ser colocados mais 70 milhões de papéis dos lotes suplementar e adicional.

No exterior, hoje, o mercado vai acompanhar o encontro regular do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano). Em fevereiro, o Fed inesperadamente elevou o redesconto em 0,25 ponto porcentual, para 0,75%, e os dados favoráveis do mercado de trabalho no país levantaram a possibilidade de novo aumento da taxa cobrada dos empréstimos emergenciais concedidos aos bancos. Ainda assim, por enquanto, os analistas não esperam mudança maior na política monetária, mas ficarão atentos aos termos aos próximos sinais de Fed e consideram uma mudança na famosa frase dos juros baixos "por um período prolongado" para algo mais suave.

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