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Dólar cede 1% com fluxo positivo e volta ao nível de R$ 3,13

O dólar recuou 0,95%, a 3,1390 reais na venda, menor valor de fechamento desde 10 de agosto (3,1322 reais)

Dólar: "O vigoroso fluxo de entrada com a lei do repatriamento está mantendo o dólar em queda" (Reprodução/Thinkstock)

Dólar: "O vigoroso fluxo de entrada com a lei do repatriamento está mantendo o dólar em queda" (Reprodução/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 17h29.

São Paulo - O dólar caiu pelo terceiro pregão consecutivo nesta quinta-feira e foi à casa de 3,13 reais, menor nível desde agosto, influenciado por fluxo de ingresso de recursos estrangeiros e pelos retornos ainda bastante atrativos no país depois de o Banco Central iniciar de maneira moderada seu ciclo de afrouxamento monetário.

O dólar recuou 0,95 por cento, a 3,1390 reais na venda, menor valor de fechamento desde 10 de agosto (3,1322 reais). Em três pregões, a moeda norte-americana acumulou perda de 2,14 por cento.

O dólar futuro cedia quase 1 por cento nesta tarde.

"O vigoroso fluxo de entrada com a lei do repatriamento está mantendo o dólar em queda", comentou o superintendente da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva. "Isso fez a moeda operar na contramão do exterior", acrescentou.

O prazo para regularização de recursos de brasileiros no exterior encerra em 31 de outubro.

Na véspera, a Receita Federal informou ter recebido cerca de 9,2 mil declarações no programa de regularização de ativos no exterior, somando 61,3 bilhões de reais em recursos regularizados e 18,6 bilhões de reais em impostos e multas.

O fluxo de ingresso de recursos também foi atraído nesta sessão pela decisão do BC de cortar a Selic em 0,25 ponto percentual.

Embora essa fosse a aposta majoritária do mercado, muitos investidores também tinham se posicionado por uma redução ainda maior, de 0,50 ponto porcentual.

"A taxa de juros brasileira é alta e bastante atrativa", comentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Na noite passada, o BC reduziu a taxa básica de juros a 14 por cento ao ano, ainda uma das maiores do mundo, no primeiro corte desde 2012 diante do cenário de menor inflação e com a atividade econômica ainda sem dar sinais consistentes de recuperação.

Apesar de falar em movimento moderado e gradual, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deixou aberta a possibilidade de acelerar em breve o ritmo de corte deste ciclo de afrouxamento iniciado agora, desde que veja maior desinflação do setor de serviços e mais avanços no ajuste fiscal.

O Banco Central vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares.

No início de agosto, o BC brasileiro havia elevado o volume de swap reverso de 10 mil para 15 mil contratos, quando a cotação do dólar fechou abaixo de 3,15 reais, mas voltou a reduzir para 10 mil swaps poucos dias depois, quando a cotação havia voltado a 3,23 reais.

"Acho que 3,15 reais (ou abaixo) é o patamar que pode levar o BC a elevar o swap reverso e pode acontecer hoje", comentou operador da corretora H.Commcor, Alessie Machado.

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