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Dólar cai quase 1% com expectativa de estímulos do BCE

Às 10h19, a moeda norte-americana recuava 0,87 por cento, a 2,6785 reais na venda, chegando a 2,6772 reais na mínima do dia


	Dólar: às 10h19, a moeda norte-americana recuava 0,87 por cento, a 2,6785 reais na venda, chegando a 2,6772 reais na mínima do dia
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: às 10h19, a moeda norte-americana recuava 0,87 por cento, a 2,6785 reais na venda, chegando a 2,6772 reais na mínima do dia (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 10h00.

O dólar recuava quase 1 por cento sobre o real nesta quarta-feira, acompanhando outros mercados de câmbio, após dados mostrando deflação na zona do euro alimentarem expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) adote mais estímulos, injetando mais liquidez na economia global.

Investidores atentavam também para a política monetária dos Estados Unidos, aguardando da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, banco central do país. Internamente, o mercado continuavam esperando mais detalhes sobre quais medidas o governo adotará como parte do aperto fiscal.

Às 10h19, a moeda norte-americana recuava 0,87 por cento, a 2,6785 reais na venda, chegando a 2,6772 reais na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 35 milhões de dólares.

"O mercado está vendo que o BCE pode adotar um programa de estímulos em breve, o que melhoraria a perspectiva de fluxo (financeiro) para o Brasil", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

A zona do euro registrou em dezembro deflação pela primeira vez desde outubro de 2009, o que deve levar o BCE a adotar novo programa de compras de títulos públicos. Parte dos recursos injetados nos mercados tende a migrar para ativos que oferecem rendimentos elevados, como papéis brasileiros.

Com isso, o dólar recuava em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

Os investidores aguardavam também a divulgação da ata da última reunião do Fed, às 17h (horário de Brasília), quando informou que será "paciente" para elevar os juros, animando os mercados.

"Se o Fed tiver motivos para subir os juros mais cedo, isso pesa mais do que um programa de estímulos na Europa", disse o analista de uma corretora internacional.

Agentes financeiros também continuavam atentos aos preços do petróleo, cuja persistente queda vem alimentando a aversão ao risco nos mercados globais. Nesta sessão, o petróleo dos EUA operava em leve alta, enquanto o Brent recuava.

No Brasil, o mercado buscava novas pistas sobre os planos da nova equipe econômica para o ajuste fiscal. Segundo afirmou uma fonte do governo à Reuters, o governo deve anunciar corte nas despesas, incluindo investimentos, até que o Orçamento de 2015 seja aprovado no Congresso Nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, pelas atuações diárias.

Foram vendidos 700 contratos para 1º de setembro e 1,3 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98 milhões de dólares.

A autoridade monetária também fará mais tarde um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos.

Até agora, o BC já rolou cerca de 14 por cento do lote total.

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