Dólar cai e vai abaixo de R$3,20 pela 1ª vez em um ano
Às 11h56, o dólar recuava 1,22%, a 3,1976 reais na venda, depois de acumular queda de 4,64% nas duas sessões anteriores
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2016 às 12h43.
São Paulo - O dólar recuava mais de 1% e ia abaixo de 3,20 reais pela primeira vez em um ano nesta quinta-feira, reagindo à ausência do Banco Central do mercado de câmbio e à briga pela formação da Ptax de junho.
A sessão era volátil, porém, e a moeda norte-americana chegou a subir pela manhã, em meio ao tom mais comedido nos mercados externos após dois dias de forte bom humor.
Às 11h56, o dólar recuava 1,22%, a 3,1976 reais na venda, depois de acumular queda de 4,64% nas duas sessões anteriores.
A moeda norte-americana chegou a 3,2476 reais na máxima e 3,1966 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 22 de julho de 2015 (3,1685 reais). O dólar futuro recuava cerca de 0,55%.
"Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano, acrescentando que o mercado tende a ser mais volátil nas últimas sessões do mês devido à Ptax.
A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocá-las a patamares favoráveis a suas posições.
A inação do BC diante do recuo recente da moeda norte-americana também contribuía para manter o dólar em patamares baixos.
Muitos operadores esperavam que a autoridade monetária tivesse agido para amortecer a queda do dólar, com medo de impactos sobre as exportações.
"O BC está claramente mais confortável com deixar o dólar seguir seu rumo, o que deixa o mercado mais à vontade para buscar patamares mais baixos", disse o operador de uma corretora nacional.
Operadores citaram ainda a perspectiva de o BC estabelecer para 2018 meta de inflação mais baixa do que a de 2017, como afirmou uma fonte da equipe econômica à Reuters.
Com isso, cresciam as expectativas de que os juros básicos demorarão mais para cair, o que tende a sustentar a atratividade de ativos brasileiros.
Nos mercados externos, o dólar tinha desempenho misto, alternando entre leves altas e baixas em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia.
O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dois pregões seguintes.
"Os mercados estão mais contidos na última sessão do mês, depois de movimentos fortes nos últimos dias", escreveram estrategistas do banco Scotiabank em nota a clientes.
São Paulo - O dólar recuava mais de 1% e ia abaixo de 3,20 reais pela primeira vez em um ano nesta quinta-feira, reagindo à ausência do Banco Central do mercado de câmbio e à briga pela formação da Ptax de junho.
A sessão era volátil, porém, e a moeda norte-americana chegou a subir pela manhã, em meio ao tom mais comedido nos mercados externos após dois dias de forte bom humor.
Às 11h56, o dólar recuava 1,22%, a 3,1976 reais na venda, depois de acumular queda de 4,64% nas duas sessões anteriores.
A moeda norte-americana chegou a 3,2476 reais na máxima e 3,1966 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 22 de julho de 2015 (3,1685 reais). O dólar futuro recuava cerca de 0,55%.
"Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano, acrescentando que o mercado tende a ser mais volátil nas últimas sessões do mês devido à Ptax.
A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam brigar por cotações nos últimos dias do mês para deslocá-las a patamares favoráveis a suas posições.
A inação do BC diante do recuo recente da moeda norte-americana também contribuía para manter o dólar em patamares baixos.
Muitos operadores esperavam que a autoridade monetária tivesse agido para amortecer a queda do dólar, com medo de impactos sobre as exportações.
"O BC está claramente mais confortável com deixar o dólar seguir seu rumo, o que deixa o mercado mais à vontade para buscar patamares mais baixos", disse o operador de uma corretora nacional.
Operadores citaram ainda a perspectiva de o BC estabelecer para 2018 meta de inflação mais baixa do que a de 2017, como afirmou uma fonte da equipe econômica à Reuters.
Com isso, cresciam as expectativas de que os juros básicos demorarão mais para cair, o que tende a sustentar a atratividade de ativos brasileiros.
Nos mercados externos, o dólar tinha desempenho misto, alternando entre leves altas e baixas em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia.
O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dois pregões seguintes.
"Os mercados estão mais contidos na última sessão do mês, depois de movimentos fortes nos últimos dias", escreveram estrategistas do banco Scotiabank em nota a clientes.