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Dólar cai com expectativa de acordo entre EUA e China

Às 10:28, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,7101 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 0,50 por cento, a 3,7155 reais

Câmbio: dólar iniciou a quarta-feira em queda ante o real (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 09h18.

Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 10h31.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, em meio à expectativa de que Estados Unidos e China estejam próximos de um acordo comercial e à espera de anúncio de alguma proposta doméstica de reforma da Previdência.

Às 10:28, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,7101 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 0,50 por cento, a 3,7155 reais. O dólar futuro tinha variação negativa de cerca de 0,1 por cento.

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"O que o governo tem apresentado é positivo, mas agora precisamos de ação", avaliou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte. "O otimismo com o discurso já foi precificado", o que dificulta o dólar cair muito mais, completou ela.

Pesquisa da Reuters com economistas indicou que a expectativa é que o dólar fique em 3,7650 reais até o final de 2019, aguardando sinais de que o presidente Jair Bolsonaro conseguirá aprovar as aguardadas reformas econômicas.

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, após reunião com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a reforma do atual modelo de Previdência será acompanhada pela criação de um regime de capitalização, que trará ganhos mais fortes para o sistema.

Disse ainda que a reforma não será fatiada e que o governo estuda proposta com regra de transição "da mesma profundidade" da que existia antes, que considerava um tempo de 20 anos para a travessia.

Nesta manhã, Onyx acrescentou que o presidente Jair Bolsonaro decidirá na próxima semana sobre a proposta que será apresentada e enfatizou que a intenção é apresentar um pacote único ao Congresso para reformar o sistema previdenciário, ao invés de uma reforma fatiada.

"Precisamos ver o que de fato vai ser discutido no Congresso", acrescentou Fernanda, ressaltando que, até que os parlamentares voltem ao trabalho, em fevereiro, os investidores locais devem continuar sendo os mais 'animados' com Brasil.

Isso porque o mercado externo ainda tem questões que prejudicam os emergentes, como a desaceleração global decorrente da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No entanto, predominava nesta sessão o otimismo de que EUA e China podem estar avançando na direção de um acordo comercial após três dias de reuniões, aliviando os temores de uma guerra comercial generalizada.

Essa perspectiva ajudava o dólar a recuar ante a cesta de moedas e também ante divisas de emergentes, como o peso mexicano.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 13,398 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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