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Dólar cai ante real com otimismo sobre comércio exterior da China

Às 10:16, a moeda americana recuava 0,29 por cento, a 3,1208 reais na venda, depois de ter fechado na véspera em alta de 0,33 por cento

Dólar: no exterior, a moeda também caía ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: no exterior, a moeda também caía ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 10h30.

São Paulo - O dólar operava em baixa ante o real nesta sexta-feira, em sintonia com o comportamento das moedas emergentes no exterior depois que a China trouxe dados bastante robustos da sua balança comercial, dando força às commodities e a seus vendedores, como o Brasil.

Às 10:16, o dólar recuava 0,29 por cento, a 3,1208 reais na venda, depois de ter fechado na véspera em alta de 0,33 por cento. O dólar futuro operava em baixa de cerca de 0,40 por cento.

"Os dados da China animaram os emergentes, que deixaram o Trump (presidente dos Estados Unidos, Donald Trump) um pouco de lado", resumiu um operador de câmbio de uma corretora local.

A China apresentou dados comerciais melhores do que o esperado para janeiro uma vez que a demanda acelerou tanto no país quanto no exterior, início encorajador de 2017 mesmo que os exportadores asiáticos estejam se preparando para um aumento do protecionismo por parte dos Estados Unidos.

As exportações em janeiro avançaram 7,9 por cento sobre o ano anterior, bem melhor do que o esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 3,3 por cento.

No exterior, o dólar caía ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, mas subia ante uma cesta de moedas.

"A balança chinesa é a variável nova do mercado, mas não significa que seus efeitos vão durar o dia todo. O mercado está ansioso por um posicionamento do Banco Central sobre o swap", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Ele se referia ao fato de o BC brasileiro ainda não ter dado sinalização sobre a rolagem dos contratos de swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- de março, equivalentes a cerca de 7 bilhões de dólares.

Essa expectativa pela atuação do BC pode conter o movimento de baixa do dólar nesta sessão, da mesma forma que a cautela com a cena política doméstica.

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