Mercados

Dólar cai ante real com menos apostas de juros maiores nos EUA

Às 10:23, a moeda americana recuava 0,17 por cento, a 3,1701 reais na venda, depois de bater 3,1582 reais na mínima do dia

Dólar: moeda americana recuava cerca de 0,20 por cento frente a uma cesta de moedas (Dado Ruvic/Reuters)

Dólar: moeda americana recuava cerca de 0,20 por cento frente a uma cesta de moedas (Dado Ruvic/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 10h57.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta sexta-feira após um dado de inflação mais fraco do que o esperado nos Estados Unidos esfriar as apostas para nova alta de juros no país neste ano.

Mesmo assim, a cautela continuava nos mercados diante das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte e também da questão fiscal brasileira.

Às 10:23, o dólar recuava 0,17 por cento, a 3,1701 reais na venda, depois de bater 3,1582 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,20 por cento.

"Pode ser uma pressão (de queda) momentânea, já que o final de semana pode levar a um movimento de proteção e realização de lucros", afirmou o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer, ao destacar o cenário delicado interno e externo.

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos subiu 0,1 por cento no mês passado, abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters, de alta de 0,2 por cento. O resultado sinaliza inflação benigna que pode levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a ser cauteloso sobre a elevação das taxas de juros novamente neste ano.

O dólar recuava cerca de 0,20 por cento frente a uma cesta de moedas, perdendo terreno também ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Juros maiores nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

Ainda no exterior, as ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte mantinha a luz amarela entre os investidores. Nesta manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu mais um aviso aos norte-coreanos, afirmando que as armas norte-americanas estão prontas e carregadas.

"As ameaças entre Washington e Pyongyang sobem de tom e, na ofensiva, mantém os mercados em modo de alerta", resumiu a corretora Guide em relatório.

Internamente, os investidores seguiam de olho nas negociações para a mudança da meta fiscal deste e do próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Mercados

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa opera em queda puxado por Vale (VALE3)

Balanços da Tesla e Alphabet, Kamala Harris e corte de gastos no Brasil: o que move o mercado

Mais na Exame