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Dólar cai a R$3,71 acompanhando exterior e antes de ata do Fed

Às 10:34, o dólar recuava 0,16 por cento, a 3,7144 reais na venda

O mercado aguarda a divulgação nesta tarde da ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos (Sergey Nazarov/Thinkstock)

O mercado aguarda a divulgação nesta tarde da ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos (Sergey Nazarov/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 09h37.

Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 10h41.

São Paulo - O dólar registrava leves oscilações ante o real nesta quarta-feira, à espera da ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos e em meio à expectativa por um desfecho eleitoral doméstico favorável ao mercado.

Às 10:34, o dólar recuava 0,16 por cento, a 3,7144 reais na venda, depois de terminar a véspera em baixa de 0,37 por cento, a 3,7203 reais. No mês até a véspera, o dólar acumulou baixa de 7,85 por cento.

O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,40 por cento.

"O exterior pressiona para cima, mas o fator Bolsonaro praticamente eleito acaba tranquilizando o investidor", disse o operador Jefferson Laatus, sócio da LAATUS Educacional.

O Federal Reserve divulga às 15h a ata de sua ultima reunião e o mercado buscará sinais sobre a trajetória de aperto dos juros nos Estados Unidos à frente.

Mais cedo, o Departamento de Comércio dos EUA informou que a construção de novas moradias no país caiu 5,3 por cento em setembro, mais do que o esperado, o que ajudou a aliviar a pressão sobre o dólar no mercado brasileiro, já que pode se traduzir em manutenção da trajetória de juros pelo Fed.

Por ora, o banco central norte-americano projeta mais uma alta dos juros uma em dezembro, três em 2019 e uma em 2020. Mas os indicadores norte-americanos recentes levaram a apostas de que o aperto possa ser mais intenso, mesmo com renovadas críticas do presidente Donald Trump, à atuação do Fed.

Nesta sessão, o dólar subia ante a cesta de moedas e também ante as divisas de emergentes, como o peso mexicano.

Internamente, os investidores continuam otimistas com o desfecho da eleição para presidente depois que pesquisas de intenção de votos mostraram ampla vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT).

Mesmo após declarações recentes não tão liberais quanto às ideias defendidas por seu assessor econômico Paulo Guedes, o mercado ainda prefere Bolsonaro, por considerar que o possível futuro ministro da área econômica conseguirá tirar do papel as esperadas reformas.

"O dólar está preso num intervalo de 3,70 a 3,80 reais... se Bolsonaro realmente ganhar, há um espaço para algum ajuste ainda. Esta bem precificada (a vitória de Bolsonaro), mas não toda", explicou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

"Não me surpreendo se a moeda caminhar para 3,50 reais se ficar clara a aprovação de reformas", acrescentou.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de 8,027 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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