Dólar cai 0,32% em sessão de baixa liquidez com feriado nos EUA
No exterior, as tensões geopolíticas vindas da Coreia do Norte influenciaram os negócios, com o sexto teste nuclear do país no domingo
Reuters
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 17h33.
São Paulo - O dólar terminou em baixa ante o real nesta segunda-feira, em sessão marcada por baixo volume de negócios por causa do feriado pelo Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que manteve os mercados norte-americanos fechados.
O dólar recuou 0,32 por cento, a 3,1371 reais na venda, depois de bater 3,1331 reais na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 0,20 por cento.
"Sem a referência de Wall Street, as reações tendem a ser limitadas pela baixa liquidez nos negócios", escreveu em relatório a Advanced Corretora.
No exterior, as tensões geopolíticas vindas da Coreia do Norte influenciaram os negócios. O dólar caía contra uma cesta de moedas e se aproximava da mínima em dois anos e meio uma vez que novo teste nuclear norte-coreano provocou uma corrida para desfazer apostas, com o euro sendo a única exceção em meio às vendas no mercado.
No domingo, a Coreia do Norte realizou seu sexto e mais potente teste nuclear e o país afirmou se tratar de uma bomba de hidrogênio avançada para um míssil de longo alcance, marcando dramática escalada da disputa do regime norte-coreano com os Estados Unidos e seus aliados.
"Sem liquidez, o mercado está acomodado, ainda mais com a percepção de que nos Estados Unidos nova alta de juros pode não vir este ano e, no Brasil, medidas devem andar no Congresso esta semana", afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na semana passada, o relatório do mercado de trabalho norte-americano foi mais fraco do que o esperado e levou os investidores a enfraquecerem suas apostas de nova alta de juros nos Estados Unidos neste ano.
Internamente, o Senado deve concluir na terça-feira a votação da criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que perde a validade no próximo dia 7, e o Congresso deve apreciar a mudança das metas fiscais deste e do próximo ano.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta segunda-feira não ter "dúvida" sobre o quórum para a sessão conjunta do Parlamento para concluir a votação do projeto que altera as metas fiscais, convocada para as 19 horas desta terça-feira.
Por outro lado, o líder da maioria na Câmara, Lelo Coimbra (PMDB-ES), afirmou que a prioridade dos deputados nesta semana será a votação da reforma política e, por isso, a conclusão da votação da nova meta fiscal poderá ser novamente adiada.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio por enquanto. Em outubro, vencem 9,975 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.