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Dólar cai 0,71% após presidente do BCE sinalizar novas ações

O dólar fechou com queda de 0,71 por cento, cotado a 2,0224 reais na venda

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 18h14.

São Paulo - O dólar encerrou em queda ante o real pela segunda sessão seguida nesta quinta-feira, com os investidores mais otimistas ante a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) possa tomar medidas para solucionar a crise na zona do euro, conforme sinalizado pelo presidente do BCE, Mario Draghi.

O dólar fechou com queda de 0,71 por cento, cotado a 2,0224 reais na venda. Durante o pregão, a moeda norte-americana chegou a cair ainda mais, atingindo a mínima de 2,0189 reais, enquanto a máxima foi de 2,0285 reais.

"Seguimos o mercado lá fora. O euro ganhou bastante força e ganhou mais de 1 por cento (ante o dólar), com a falta de dados negativos da Europa e a expectativa de medidas, que fizeram com que o mercado respirasse um pouco e o dólar perdesse força", disse o operador de câmbio da Intercam Corretor de Câmbio Glauber Romano.

Nesta quinta-feira, o presidente do BCE disse que fará o que for necessário para proteger a zona do euro de um colapso, incluindo agir para reduzir custos de empréstimos governamentais irracionalmente altos.


A declaração melhorou o humor dos investidores, fazendo as bolsas internacionais fecharem em forte alta e o dólar a desvalorizar. A sinalização de Draghi também trouxe força para o euro, que teve seu melhor dia em um mês. Às 17h15 (horário de Brasília), o euro tinha alta de 1,04 por cento ante a divisa norte-americana.

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, ainda tentou amenizar os temores de que a economia de seu país possa precisar de um resgate, ao dizer nesta quinta-feira que o Tesouro conseguirá honrar o pagamento das dívidas do país.

Para o operador de câmbio Ovídio Soares, da corretora Interbolsa do Brasil, o dólar poderia até ter caído mais ante o real com a melhora no exterior. Ante uma cesta de divisas a moeda norte-americana, por exemplo, chegou a cair mais de 0,80 por cento.

No entanto, o operador diz acreditar que o dólar não caiu mais e não tem tido grandes oscilações ante o real em função do receio de atuação do Banco Central, que tem mantido a moeda em uma banda informal entre 2 reais e 2,10 reais.

Soares lembra ainda que o mercado também está na expectativa de que o BC possa fazer nos próximos dias a rolagem de contratos de swap cambial tradicional que vencem no primeiro dia de agosto.

Para ele, caso o dólar continue caindo ante o real, o BC poderia optar por não fazer a operação de swap cambial, que equivale à venda de dólares no mercado futuro.

"Se (o dólar) continuar caindo, não faz sentido rolar esses contratos, mas vai ficar essa dúvida no mercado (se o BC rolará ou não os contratos)", completou.

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São Paulo - O dólar encerrou em queda ante o real pela segunda sessão seguida nesta quinta-feira, com os investidores mais otimistas ante a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) possa tomar medidas para solucionar a crise na zona do euro, conforme sinalizado pelo presidente do BCE, Mario Draghi.

O dólar fechou com queda de 0,71 por cento, cotado a 2,0224 reais na venda. Durante o pregão, a moeda norte-americana chegou a cair ainda mais, atingindo a mínima de 2,0189 reais, enquanto a máxima foi de 2,0285 reais.

"Seguimos o mercado lá fora. O euro ganhou bastante força e ganhou mais de 1 por cento (ante o dólar), com a falta de dados negativos da Europa e a expectativa de medidas, que fizeram com que o mercado respirasse um pouco e o dólar perdesse força", disse o operador de câmbio da Intercam Corretor de Câmbio Glauber Romano.

Nesta quinta-feira, o presidente do BCE disse que fará o que for necessário para proteger a zona do euro de um colapso, incluindo agir para reduzir custos de empréstimos governamentais irracionalmente altos.


A declaração melhorou o humor dos investidores, fazendo as bolsas internacionais fecharem em forte alta e o dólar a desvalorizar. A sinalização de Draghi também trouxe força para o euro, que teve seu melhor dia em um mês. Às 17h15 (horário de Brasília), o euro tinha alta de 1,04 por cento ante a divisa norte-americana.

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, ainda tentou amenizar os temores de que a economia de seu país possa precisar de um resgate, ao dizer nesta quinta-feira que o Tesouro conseguirá honrar o pagamento das dívidas do país.

Para o operador de câmbio Ovídio Soares, da corretora Interbolsa do Brasil, o dólar poderia até ter caído mais ante o real com a melhora no exterior. Ante uma cesta de divisas a moeda norte-americana, por exemplo, chegou a cair mais de 0,80 por cento.

No entanto, o operador diz acreditar que o dólar não caiu mais e não tem tido grandes oscilações ante o real em função do receio de atuação do Banco Central, que tem mantido a moeda em uma banda informal entre 2 reais e 2,10 reais.

Soares lembra ainda que o mercado também está na expectativa de que o BC possa fazer nos próximos dias a rolagem de contratos de swap cambial tradicional que vencem no primeiro dia de agosto.

Para ele, caso o dólar continue caindo ante o real, o BC poderia optar por não fazer a operação de swap cambial, que equivale à venda de dólares no mercado futuro.

"Se (o dólar) continuar caindo, não faz sentido rolar esses contratos, mas vai ficar essa dúvida no mercado (se o BC rolará ou não os contratos)", completou.

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