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Dólar, Bovespa e DIs caem de olho em medidas e governo

Ministro Guido Mantega disse que a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras nos empréstimos à pessoa física subirá de 1,5% para 3%

Governo tomará medidas para atenuar a valorização do real e evitar o avanço da inflação, segundo Mantega (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Governo tomará medidas para atenuar a valorização do real e evitar o avanço da inflação, segundo Mantega (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 14h28.

São Paulo - O dólar seguia ladeira abaixo nesta sexta-feira, enquanto a Bovespa e as taxas futuras de juros cediam, com investidores repercutindo o aumento do IOF sobre crédito pessoal anunciado na véspera e comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Na noite de quinta-feira, Mantega disse que a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos à pessoa física subirá de 1,5 para 3 por cento, em mais uma ofensiva para tentar debelar pressões inflacionárias.

Em evento na capital paulista no início desta tarde, Mantega reforçou que o governo tomará medidas para atenuar a valorização do real e evitar o avanço da inflação. O ministro também falou que as autoridades não permitirão a criação de bolhas no Brasil e negou que esteja havendo improvisos na tomada de medidas.

Incertezas com relação ao impacto de tais medidas sobre a economia ditavam baixa à Bovespa, ao mesmo tempo em que o dólar se aproximava de níveis não vistos desde 1999, sendo cotado na faixa de 1,57 real.

Parte desse movimento tinha suporte na fraqueza da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas. Destaque para o desempenho do euro, que avançava à máxima em 15 meses em meio a expectativas de mais aperto monetário na região.

Tal avaliação vinha de comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, segundo o qual os formuladores de política monetária estão prontos para promover mais apertos se necessário.

Investidores se desfaziam de dólares também por preocupações com os efeitos de uma paralisação no governo norte-americano, apesar dos esforços da Casa Branca e do Congresso do país para chegar a um acordo orçamentário até a meia-noite desta sexta-feira.

No front acionário, as bolsas de valores em Nova York oscilavam perto da estabilidade, enquanto na Europa o FTSEurofirst 300 registrou modesta alta. Os mercados foram amparados por ganhos em papéis de empresas de commodities, impulsionadas por mais um dia de alta nos metais e no petróleo.

Temores de desabastecimento devido a tensões na Líbia, Oriente Médio e Nigéria levavam os preços do Brent acima de 125 dólares por barril, máxima desde 2008. Os metais também se destacavam, com o ouro à vista atingindo novo pico histórico.

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