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Dólar avança e fecha no maior nível desde março de 2009

Moeda terminou o dia com alta de 0,53% no mercado de balcão, a R$ 2,2810 - maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2009, quando marcou R$ 2,3180

Profissionais de câmbio disseram que, ao se aproximar de R$ 2,28, a moeda tornou-se atrativa para os exportadores, que decidiram internalizar recursos. Com isso, forçaram a desaceleração dos ganhos (Chip Somodevilla/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 17h15.

São Paulo - A alta do dólar no exterior, onde os investidores buscaram segurança antes da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), estimulou a valorização da moeda norte-americana no Brasil nesta terça-feira, 30.

A disputa entre os investidores comprados e vendidos para a determinação da Ptax, na quarta, 31, também influenciou os negócios. O Banco Central apenas observou o movimento, apesar de o dólar encerrar acima de R$ 2,28. A divisa dos EUA terminou o dia com alta de 0,53% no mercado de balcão, a R$ 2,2810 - maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2009, quando marcou R$ 2,3180.

Profissionais de câmbio disseram que, ao se aproximar de R$ 2,28, a moeda tornou-se atrativa para os exportadores, que decidiram internalizar recursos. Com isso, forçaram a desaceleração dos ganhos.

"O mercado hoje também foi influenciado pela formação da Ptax, com a disputa entre comprados e vendidos. Cada investidor puxa o dólar para um lado", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. Posições compradas são favorecidas pela alta do dólar, enquanto as vendidas são beneficiadas pela queda das cotações.

Na reta final dos negócios, o dólar voltou a acelerar e chegou a ser cotado a R$ 2,2820 (+0,57%) às 15h57 - a máxima do dia e o maior patamar intraday desde 1º de abril de 2009, quando bateu R$ 2,3080 no balcão. Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a busca por segurança, antes do fim da reunião do Fed, na quarta-feira, justificou a pressão de alta para o dólar. "O mercado está cauteloso, esperando que o Fed dê alguma sinalização sobre a redução de estímulos à economia dos EUA. Apesar de o dólar ter feito preço na semana passada em função de notícias de que os estímulos serão mantidos, hoje os investidores buscaram segurança", afirmou.

Na quarta-feira, além do Fed e da formação da Ptax, os investidores vão observar a divulgação Produto Interno Bruto (PIB) preliminar dos EUA, no segundo trimestre. Se o dado for bom, a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar, em meio à percepção de que o PIB reforça a expectativa do início da redução dos estímulos. A agenda traz ainda a divulgação do fluxo cambial no Brasil na última semana.

Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,235 bilhões. O dólar pronto na BM&F teve alta de 0,53%, a R$ 2,2795, com dois negócios. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2830, em alta de 0,48%, enquanto a moeda para setembro subia 0,52%, para R$ 2,2990.

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São Paulo - A alta do dólar no exterior, onde os investidores buscaram segurança antes da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), estimulou a valorização da moeda norte-americana no Brasil nesta terça-feira, 30.

A disputa entre os investidores comprados e vendidos para a determinação da Ptax, na quarta, 31, também influenciou os negócios. O Banco Central apenas observou o movimento, apesar de o dólar encerrar acima de R$ 2,28. A divisa dos EUA terminou o dia com alta de 0,53% no mercado de balcão, a R$ 2,2810 - maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2009, quando marcou R$ 2,3180.

Profissionais de câmbio disseram que, ao se aproximar de R$ 2,28, a moeda tornou-se atrativa para os exportadores, que decidiram internalizar recursos. Com isso, forçaram a desaceleração dos ganhos.

"O mercado hoje também foi influenciado pela formação da Ptax, com a disputa entre comprados e vendidos. Cada investidor puxa o dólar para um lado", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade. Posições compradas são favorecidas pela alta do dólar, enquanto as vendidas são beneficiadas pela queda das cotações.

Na reta final dos negócios, o dólar voltou a acelerar e chegou a ser cotado a R$ 2,2820 (+0,57%) às 15h57 - a máxima do dia e o maior patamar intraday desde 1º de abril de 2009, quando bateu R$ 2,3080 no balcão. Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a busca por segurança, antes do fim da reunião do Fed, na quarta-feira, justificou a pressão de alta para o dólar. "O mercado está cauteloso, esperando que o Fed dê alguma sinalização sobre a redução de estímulos à economia dos EUA. Apesar de o dólar ter feito preço na semana passada em função de notícias de que os estímulos serão mantidos, hoje os investidores buscaram segurança", afirmou.

Na quarta-feira, além do Fed e da formação da Ptax, os investidores vão observar a divulgação Produto Interno Bruto (PIB) preliminar dos EUA, no segundo trimestre. Se o dado for bom, a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar, em meio à percepção de que o PIB reforça a expectativa do início da redução dos estímulos. A agenda traz ainda a divulgação do fluxo cambial no Brasil na última semana.

Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,235 bilhões. O dólar pronto na BM&F teve alta de 0,53%, a R$ 2,2795, com dois negócios. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2830, em alta de 0,48%, enquanto a moeda para setembro subia 0,52%, para R$ 2,2990.

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