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Possível acordo entre China e EUA sustenta queda do dólar a R$ 4,17

Às 14h09, a moeda americano valia 4,1744

Câmbio: dólar iniciava esta sexta-feira rondando a estabilidade contra o real (Douglas Sacha/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 09h49.

Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 14h18.

São Paulo — Aagenda externa, que tanto penalizou o câmbio nas últimas semanas, agora passa a contribuir positivamente para o comportamento do dólar comercial frente ao real. A moeda americana é negociada com queda de 0,29%, valendo R$ 4,176. Nesta sexta, a China informou que vai abrir mão de tarifas sobre alguns embarques de soja e carne suína dos Estados Unidos. Esta sinalização é vista com entusiasmo pelos investidores, fazendo o dólar recuar.

O Ibovespa, por sua vez, sustenta a tendência de alta. O principal índice da Bolsa de São Paulo agora avança 0,41%, aos 111.070 pontos. Mais cedo, o recorde de pontuação intradiária foi renovado: 111.429.

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A possibilidade de um acordo entre as duas maiores potências econômicas, que vivem uma guerra comercial desde janeiro de 2018, influencia positivamente no mercado acionário também.

As isenções de tarifas por parte de Pequim foram baseadas em pedidos de empresas individuais para importações de soja e carne suína dos EUA, disse o Ministério das Finanças da China em comunicado, citando uma decisão do gabinete do país. Ele não especificou as quantidades envolvidas.

— Desde o meio desta semana temos observado declarações e dados mais positivos de forma generalizada. Hoje, o destaque que ajuda a melhorar o mercado é a decisão da China de isentar algumas tarifas de produtos americanos — avalia Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

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Ainda no cenário externo, os números do mercado de trabalho dos Estados Unidos surpreenderam positivamente o mercado. Na manhã desta sexta foram divulgados os dados do payroll (relatório mensal de emprego dos EUA), e o país criou 266 mil vagas em novembro, frente à estimativa de criação de 183 mil postos, de acordo com sondagem da agência Bloomberg.

— Os números do mercado de trabalho americano vindo bem acima da projeção do mercado eliminam, por ora, temres de uma desaceleração da atividade econômica global. Esta alta acima do esperado indica uma robustez na economia do país — indica Beyruti.

No último pregão da semana, as ações da Eletrobras contribuem para manter o Ibovespa em patamares positivos. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da estatal sobem 0,67%. O que influencia esta alta é a declaração de Gustavo Montezano, presidente do BNDES, de que a privatização da Eletrobras será a prioridade do banco assim que o Congresso aprovar o projeto de venda.

O pregão é positivo para outra estatal, a Petrobras. As ações ON e PN (preferenciais, com direito a voto) sobem, respectivamente, 1,51% e 1,33%. Além dos bons números e expectativas sobre a economia brasileira, a alta do petróleo no mercado internacional contribui para este cenário. O barril do tipo Brent tem valorização de 2%, valendo US$ 64,66.

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