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Dólar avança com exterior e resultado de contas externas

O dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,23% nesta sexta-feira, 23, aos R$ 2,5820


	Dólar: da mínima para a máxima, a oscilação foi de +1,09%
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Dólar: da mínima para a máxima, a oscilação foi de +1,09% (FreeImage)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 16h27.

São Paulo - O dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,23% nesta sexta-feira, 23, aos R$ 2,5820. A moeda para fevereiro, que encerra apenas às 18 horas, avançava 0,33%, aos R$ 2,5890.

Pela manhã, embora tenha oscilado entre altas e baixas durante um tempo, o dólar aos poucos se firmou no território positivo ante o real, sob a influência de fatores internos e externos.

O avanço da moeda americana ante outras divisas no exterior, os dados ruins das contas externas brasileiras e a predisposição de alta para o dólar por aqui, após os recuos mais recentes, eram citados nas mesas.

O Banco Central informou que o déficit em conta corrente somou US$ 10,317 bilhões em dezembro, encerrando 2014 com resultado negativo de US$ 90,948 bilhões (4,17% do PIB).

O resultado do ano passado representa o novo recorde negativo da série histórica do BC, iniciada em 1947, em um claro sinal de que o país tem dificuldades no setor externo.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED), usado para fechar as contas, somou US$ 6,650 bilhões em dezembro e apenas US$ 62,495 bilhões em 2014. Ou seja, o IED financiou apenas 68,72% do rombo da conta corrente no ano passado.

Este cenário fez o dólar marcar a máxima de R$ 2,5980 (+0,85%) no balcão às 11h20. Mais cedo, às 9h15, ele havia chegado a cair a R$ 2,570 (-0,23%).

Da mínima para a máxima, a oscilação foi de +1,09%.

No início da tarde, o dólar voltou a recuar pontualmente ante o real, no momento em que as taxas dos DIs perdiam força.

O movimento, na renda fixa, foi puxado por comentários de que na reunião ministerial da próxima terça-feira a presidente Dilma Rousseff deixará claro o apoio às medidas adotadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Mas operadores disseram que o movimento no câmbio foi ligado a certa realização, após o avanço mais intenso visto pela manhã.

Além disso, dados divulgados nos EUA no início da tarde não agradaram.

As vendas de moradias usadas subiram 2,4% em dezembro, abaixo da previsão de +3,0%, enquanto o índice de indicadores antecedentes avançou 0,3% no mês passado, menos que o +0,5% esperado.

Após este movimento, o dólar voltou a acelerar a alta, mas se manteve distante das máximas vistas mais cedo.

O giro financeiro à vista era consistente e somava US$ 2,511 bilhões perto das 16h30, sendo US$ 1,877 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para fevereiro movimentava cerca de US$ 15 bilhões.

Pela manhã, o Banco Central fez as operações de swap programadas (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro).

A instituição vendeu 2 mil contratos (US$ 98,4 milhões) na primeira e outros 10 mil contratos (US$ 490,4 milhões) na segunda - neste caso, para rolagem dos vencimentos de fevereiro.

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