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Dólar sobe e fecha acima de R$ 5,10 após desemprego dos EUA frear otimismo

Dado negativo contrapõe bom humor com prévia do payroll, divulgada na véspera

Dólar: moeda americana interrompe sequência de fortes perdas (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de junho de 2020 às 17h15.

Última atualização em 4 de junho de 2020 às 17h19.

O dólar fechou em alta, nesta quinta-feira, 4, refletindo a aversão a risco no mundo, após os dados semanais de pedidos de seguro desemprego dos Estados Unidos terem saído piores do que o esperado. Com isso, o dólar comercial subiu 0,9% e encerrou sendo vendido a 5,132 reais, enquanto turismo avançou 0,7%.

De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, na última semana, foram registrados 1,877 milhões pedidos de auxílio desemprego ante a projeção mediana de 1,8 milhões de pedidos. Desde o início da pandemia do coronavírus, o indicador tem sido atentamente observado pelo mercado para medir os efeitos imediatos da doença na economia.

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No mercado, havia grande esperança de que os número viesse ainda melhor do que o projetado,  tendo em vista que, na véspera, o ADP (que mede a variação de postos de trabalho do setor privado americano e serve como prévia do payroll) apresentou uma queda de 2,7 milhões de postos de trabalho ante a projeção de perda de 9 milhões de postos.

Apesar dos números negativos, crescem as expectativas de que a economia mundial já esteja próxima do fundo do poço. “A tendência é a de que comece a crescer agora”, disse Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

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Antes da divulgação dos dados de desemprego nos Estados Unidos, o dólar abriu em queda, chegando a recuar mais de 1%, tendo como pano de fundo a decisão do Banco Central Europeu de elevar seu pacote de estímulo econômico para 1,35 trilhão de euros.

Embora o anúncio tenha aumentado o otimismo dos investidores, não foi suficiente para manter o dólar em trajetória de queda. No exterior, o dólar ganhou força contra todas as principais moedas emergentes. Nesta sessão, o real foi a moeda que mais se desvalorizou entre seus pares.

Nas últimas duas sessões, a moeda americana havia acumulado 5,5% de desvalorização frente ao real, chegando próximo dos 5 reais na quarta-feira. O patamar, porém, é visto como uma espécie de ponto de resistência. “É uma marca muito forte. Tem muita gente vendido em dólar no mercado futuro, que, quando chega próximo dos 5 reais, sai da posição vendida e compra dólares”, disse Ruik.

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