Dólar cai mais de 1% e mercado espera impeachment de Dilma
Temer já sinalizou que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2016 às 10h32.
São Paulo - O dólar caía mais de 1%, indo abaixo de 3,50 reais, nesta terça-feira com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado , que pode culminar em seu afastamento temporário.
Apesar do bom humor, os investidores ficavam atentos ao Banco Central que, até o momento, não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio para esta sessão.
Para muitos operadores, o BC não gosta do dólar abaixo de 3,50 reais porque atrapalha as exportações e, assim, as contas externas do país.
Às 10:09, o dólar recuava 1,17%, a 3,4835 reais na venda, após fechar com alta de 0,63% na véspera. O dólar futuro caía cerca de 1%.
"O viés hoje é totalmente político e lá fora está tranquilo, o que também ajuda", disse o operador da B&T Corretora Marcos Trabbold.
Na véspera, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment que, se aceito, levará o vice Michel Temer a assumir o posto.
Temer já sinalizou que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5% na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impedimento.
Operadores, no entanto, não descartavam alguma volatilidade nesta terça-feira, conforme a queda da moeda norte-americana poderia atrair compradores.
"O medo de que possa acontecer novas loucuras, como a de ontem, e o dólar em queda podem chamar compra", disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
O mercado seguia atento ainda ao BC que, até o momento, não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Se ficar de fora a novamente, será a quinta sessão seguida.
No exterior, o dólar recuava frente a outras divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano .
A moeda norte-americana teve alta ainda frente ao iene, após o ministro das Finanças do Japão alertar que o país vai intervir no mercado de câmbio se as altas "unilaterais" do iene durarem tempo suficiente que prejudiquem a economia.
Matéria atualizada às 10h32
São Paulo - O dólar caía mais de 1%, indo abaixo de 3,50 reais, nesta terça-feira com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado , que pode culminar em seu afastamento temporário.
Apesar do bom humor, os investidores ficavam atentos ao Banco Central que, até o momento, não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio para esta sessão.
Para muitos operadores, o BC não gosta do dólar abaixo de 3,50 reais porque atrapalha as exportações e, assim, as contas externas do país.
Às 10:09, o dólar recuava 1,17%, a 3,4835 reais na venda, após fechar com alta de 0,63% na véspera. O dólar futuro caía cerca de 1%.
"O viés hoje é totalmente político e lá fora está tranquilo, o que também ajuda", disse o operador da B&T Corretora Marcos Trabbold.
Na véspera, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment que, se aceito, levará o vice Michel Temer a assumir o posto.
Temer já sinalizou que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5% na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impedimento.
Operadores, no entanto, não descartavam alguma volatilidade nesta terça-feira, conforme a queda da moeda norte-americana poderia atrair compradores.
"O medo de que possa acontecer novas loucuras, como a de ontem, e o dólar em queda podem chamar compra", disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
O mercado seguia atento ainda ao BC que, até o momento, não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Se ficar de fora a novamente, será a quinta sessão seguida.
No exterior, o dólar recuava frente a outras divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano .
A moeda norte-americana teve alta ainda frente ao iene, após o ministro das Finanças do Japão alertar que o país vai intervir no mercado de câmbio se as altas "unilaterais" do iene durarem tempo suficiente que prejudiquem a economia.
Matéria atualizada às 10h32