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Dólar abre em queda com cotação em baixa no exterior

O desempenho negativo hoje reflete um movimento de realização de ganhos recentes da moeda norte-americana, segundo operadores


	Dólar: a moeda norte-americana à vista começou a sessão cotada a R$ 2,0320 (-0,29%) no balcão
 (Chip Somodevilla/Getty Images)

Dólar: a moeda norte-americana à vista começou a sessão cotada a R$ 2,0320 (-0,29%) no balcão (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 10h10.

São Paulo - O dólar abriu em queda no mercado de câmbio doméstico, sintonizado com o desempenho negativo registrado no exterior. A moeda norte-americana à vista começou a sessão cotada a R$ 2,0320 (-0,29%) no balcão. Até 9h33, oscilou de uma mínima de R$ 2,0310 (-0,34%) a uma máxima de R$ 2,0350 (-0,15%).

No mercado futuro, no mesmo horário, o contrato de dólar para junho de 2013 estava na máxima, a R$ 2,0395 (-0,07%), após iniciar a sessão a R$ 2,0365 (-0,22%). Até esse horário, esse vencimento da moeda norte-americana registrou uma mínima, de R$ 2,0360 (-0,24%).

Em Nova York, o euro subia a US$ 1,2856, de US$ 1,2838 no fim da tarde de sexta-feira, 17. O dólar estava em 102,49 ienes, ante 103,24 ienes na sexta-feira.

A moeda norte-americana também recuava em relação ao dólar australiano (-0,21%), o peso chileno (-0,25%), o peso mexicano (-0,15%) e o dólar neozelandês (-0,62%).

O desempenho negativo hoje reflete um movimento de realização de ganhos recentes da moeda norte-americana, segundo operadores de câmbio ouvidos pelo Broadcast. Além disso, pode haver continuidade de ingressos de recursos derivados da captação da Petrobras, de US$ 11 bilhões, cuja operação será concluída nesta segunda-feira.

Na semana passada, o dólar no Brasil subiu 0,54% e, em maio, acumula um ganho de 1,80%. Com isso, a taxa de câmbio doméstica alcançou R$ 2,0380 na última sexta-feira - o maior patamar desde 22 de janeiro (a R$ 2,0440). No mercado futuro, o dólar para junho de 2013 terminou a sexta-feira a R$ 2,0410, em alta de 0,39%.

Até a próxima quarta-feira, 22, quando o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, falará nos Estados Unidos, as atenções se voltam para os discursos de outros representantes do BC norte-americano.


Hoje, há discursos de dois membros do Fed. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que tem direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), falará às 14 horas.

Já às 18h15 será a vez do presidente do Fed de São Francisco, John Williams, que não vota nas reuniões de política monetária. Há expectativas sobre eventuais sinais quanto à redução do programa de estímulos da autoridade monetária norte-americana.

No Brasil, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça e quarta-feira (dias 28 e 29 de maio) da próxima semana, e ainda a divulgação também no dia 29 do Produto Interno Bruto (PIB) do País do primeiro trimestre elevam expectativas sobre a participação amanhã do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência em comissão da Câmara.

Na semana passada, Tombini adotou um tom mais duro em relação ao controle da inflação, indicando a possibilidade de uma aceleração do ritmo de alta da Selic - o que chegou a causar estranheza em setores importantes do governo, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast. A semana reserva ainda a divulgação de dados de inflação, entre eles o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de Maio.

Hoje, na Pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central, os economistas consultados mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2013 em 8,25% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções também segue em 8,25% ao ano. Há quatro semanas, as duas projeções estavam em 8,25% e 8,50% ao ano, respectivamente.

A expectativa para a Selic no fim de maio segue em 7,75% ao ano, o que indica alta de 0,25 ponto porcentual em relação aos atuais 7,50% ao ano na próxima reunião do Copom, nos dias 28 e 29. A projeção para Selic média em 2013 segue em 7,81% ao ano. Para 2014, caiu de 8,50% para 8,33% ao ano.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 8,25% ao ano.

Para o fim de 2014, também segue em 8,25% ao ano. Para a taxa de câmbio, as projeções da Focus elevaram o dólar para o fim de 2013, de R$ 2,01 para R$ 2,02; e para o fim de 2014 subiram de R$ 2,05 para R$ 2,06.

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