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Dólar fecha em queda com estímulos do Fed e à espera de novo pacote

Mercados globais têm dia positivo com investidores ainda digerindo as últimas medidas do banco central americano

Dólar: na véspera, a moeda norte-americana à vista subiu 2,21%, a 5,1385 (Robert Alexander/Reuters)

Dólar: na véspera, a moeda norte-americana à vista subiu 2,21%, a 5,1385 (Robert Alexander/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2020 às 09h24.

Última atualização em 24 de março de 2020 às 17h16.

São Paulo - O dólar fechou em queda frente ao real nesta terça-feira (24), com os investidores ainda digerindo o último pacote de estímulos para conter os impactos do coronavírus anunciado pelo Federal Reserve (Fed), na segunda-feira (23). Neste pregão, o dólar comercial caiu 1,2% e encerrou cotado a 5,08 reais. O dólar turismo, que se apreciou menos do que o comercial na véspera, teve leve alta de 0,2%, a 5,37 reais.

Entre as medidas do Fed, está a concessão de créditos para famílias e pequenas empresas. O banco central americano também irá recomprar títulos e conceder aos grandes empregadores empréstimos equivalentes a até 4 anos de financiamento.

No exterior, o movimento de desvalorização do dólar ocorreu em relação a uma série de divisas internacionais, tanto de países emergentes quanto de desenvolvidos. Nesta terça o dólar registrou quedas de mais de 1,5% contra o peso mexicano, o rublo russo e a lira turca. O índice Dxy, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas de economias desenvolvidas, recuou 0,44%.

"Os esforços do Fed devem inviabilizar grande parte do momento [de alta] que está sendo construído para o dólar", escreveu em relatório Edward Moya, analista da corretora de forex com sede em Nova York Oanda.

Os investidores também estão atentos ao super pacote de 2 trilhões de dólares  que tramita no Congresso dos Estados Unidos. Na noite de segunda-feira, a presidente da Câmara e também democrata, Nancy Palosi, pediu a inclusão de novos incentivos para que a medida voltasse a ser votada no Senado. 

Nesta manhã, o presidente Donald Trump, em sua conta no Twitter, pressionou o Congresso americano para que o pacote seja aprovado ainda hoje.

No domingo, a iniciativa foi barrada pelos senadores democratas sob o argumento de que o projeto não visava a população, e sim Wall Street - o que injetou mais uma onda de pessimismo nos mercados e fazendo a moeda americana ganhar força frente a divisas de países emergentes. Na segunda, o dólar subiu 2,21% contra o real e encerrou cotado a 5,138 reais. 

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