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Dólar abre em alta com foco na caderneta de poupança

O dólar ganhou impulso ontem, diante do declínio das taxas projetadas pelos DIs, em face da expectativa dos agentes financeiros de que é iminente a alteração na poupança

O dólar abriu hoje em alta de 0,47%, a R$ 1,9300 (Jo Yong hak/Reuters)

O dólar abriu hoje em alta de 0,47%, a R$ 1,9300 (Jo Yong hak/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 10h57.

São Paulo - Os mercados europeus operam no azul nesta manhã. Em decisão amplamente esperada, o Banco Central Europeu (BCE) manteve o juro inalterado em 1%. Mais cedo, os índices acionários eram amparados pelos leilões de bônus da Espanha e da França, considerados decentes.

Apesar da alta das bolsas europeias, o dólar avança ante inúmeras divisas mundiais, com os investidores adotando um posicionamento mais cauteloso no mercado internacional de câmbio antes da divulgação do Relatório de Emprego dos Estados Unidos, nesta sexta-feira. Por aqui, o foco de atenção continua em torno das regras de remuneração da poupança.

O dólar ganhou impulso ontem, diante do declínio das taxas projetadas pelos DIs, em face da expectativa dos agentes financeiros de que é iminente a alteração na caderneta de poupança, de forma a abrir caminho para recuos adicionais da taxa Selic. O dólar abriu hoje em alta de 0,47%, a R$ 1,9300.

Nesta quarta-feira, o dólar à vista no balcão fechou em R$ 1,9210, com alta de 0,79%. No início do dia, já se esperava avanço da divisa no mercado doméstico, seguindo o agravamento do sentimento no ambiente externo. Ao longo do dia, porém, a alta se intensificou com a percepção entre agentes de mercado de que a alteração na caderneta de poupança está em via de efetivação. Cortes adicionais da taxa Selic - ainda que a taxa permaneça elevada ante padrões internacionais - reduz o diferencial de juros, diminuindo um dos fatores de atratividade de recursos externos em direção ao País, o que favorece apreciação do dólar.

Na agenda, entre os destaques estão os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a entrevista do presidente do BCE, Mario Draghi. No País, a atenção dos investidores está voltada para a expectativa em torno da caderneta de poupança.

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