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Dólar passa cair após leilões do Banco Central

Às 12h20, o dólar recuava 0,25%, a 4,2297 reais na venda

Dólar: nesta sessão, a moeda futura operava em alta de 0,16%, a 4,224 reais (TARIK KIZILKAYA/Getty Images)

Dólar: nesta sessão, a moeda futura operava em alta de 0,16%, a 4,224 reais (TARIK KIZILKAYA/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 09h13.

Última atualização em 2 de dezembro de 2019 às 12h34.

São Paulo — Depois de abrir em alta com a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retomar tarifas norte-americanas sobre importações de metais brasileiros, o dólar recuava contra o real nesta segunda-feira, com a taxa de câmbio sofrendo correção após leilões do Banco Central.

Às 12h20, o dólar recuava 0,25%, a 4,2297 reais na venda.

Na sessão anterior, o dólar fechou em alta de 0,58%, a 4,2405 reais na venda.

Nesta sessão, o dólar futuro com vencimento em dezembro subia 0,16%, a 4,224 reais.

Nesta segunda-feira, Trump anunciou que retomará imediatamente tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou pela manhã que pode conversar com Trump a respeito da decisão anunciada pelo líder norte-americano.

"O dólar começou a sessão estressado em função do tuíte de Donald Trump. Isso foi bem ruim, e mercado abriu pressionado", disse Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.

No entanto, o real se recuperava das perdas iniciais depois da realização dos leilões do Banco Central, que vendeu neste pregão 9.600 contratos de swap cambial reverso e 480 milhões de dólares em moeda spot, de oferta de até 10 mil contratos e 500 milhões de dólares, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia leiloará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento fevereiro de 2020.

"Depois entraram os leilões, e o dólar passou a recuar. O BC anunciou que não vai só rolar contratos futuros, mas também vai rolar no mercado à vista, o que fornecia certo apoio", explicou Gomes da Silva. "O mercado já está fazendo uma correção."

No mês de novembro, a moeda norte-americana registrou salto acumulado de 5,77%, maior alta mensal desde agosto passado, e alcançou patamares históricos acima dos 4,20 reais. A disparada recente do dólar elevou a atenção dos investidores em relação a sinais de atuação do Banco Central.

Ainda no radar dos investidores estavam os dados de uma pesquisa privada divulgada nesta segunda-feira, que mostraram que a atividade industrial da China se expandiu inesperadamente em novembro ao ritmo mais rápido em quase três anos, num possível sinal de recuperação da economia global.

No exterior, a divisa dos Estados Unidos ganhava contra moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o rand sul-africano.

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