Dólar fecha estável apesar de cautela sobre segunda onda de coronavírus
Países da Europa e da Ásia registram aumento do número de casos e retomam medidas de prevenção
Reuters
Publicado em 28 de julho de 2020 às 17h00.
Última atualização em 29 de julho de 2020 às 09h41.
O dólar encerrou próximo da estabilidade, nesta terça-feira, 28, depois de operar em alta pela maior parte do pregão. No radar do mercado esteve os novos casos de coronavírus em regiões que tinham obtido o controle sobre a doença, como a Europa e a Ásia. Por outro lado, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que vieram melhores do que o esperado, ajudaram a arrefecer a valorização da moeda americana por aqui. Com isso, o dólar encerrou praticamente estável, cotado a 5,157 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, caiu 0,4%, cotado a 5,43 reais.
Com o aumento de novos casos de Covid-19, países europeus retomaram restrições de locomoção, principalmente com relação aos espanhóis, onde a doença volta a se alastrar de forma mais acelerada. A França, por exemplo, pediu para que seus cidadãos não viagem ao país ibérico e o Reino Unido ordenou que os turistas espanhóis fiquem de quarentena ao chegar no país. Já a Bélgica cogita um novo lockdown.
Já na Ásia, alguns países adotaram medidas de isolamento ainda duras. No Vietnã, por exemplo, a terceira maior cidade do país teve que ser fechada nesta semana, enquanto Hong Kong proibiu reuniões com mais de duas pessoas e ordenou o fechamento de restaurantes.
“O mercado está preocupado com a disseminação do coronavírus. Nessa época de pandemia, a única certeza é a volatilidade”, disse Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.
Com a maior aversão a risco no mercado, o dólar subiu contra a maioria das principais moedas emergentes, chegando a avançar mais de 1% perante o rublo russo e a lira turca. O índice Dxy, que mede o desempenho do dólar contra pares desenvolvidos, avança e caminha para interromper a sequências de nove quedas consecutivas.
No Brasil, os dados do Caged, deram alguma dose de otimismo, após apontar para a redução de 10.984 postos de trabalho, enquanto a expectativa média do mercado era de uma queda de 220.000 vagas.