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Dólar à vista encerra 3º trimestre no nível de R$ 2,02

O dólar no balcão encerrou esta sexta-feira com baixa de 0,10%, a R$ 2,029


	Dólar: a relativa estabilidade do câmbio no Brasil em setembro foi garantida pelos quatro leilões de swap cambial reverso
 (AFP)

Dólar: a relativa estabilidade do câmbio no Brasil em setembro foi garantida pelos quatro leilões de swap cambial reverso (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 17h43.

São Paulo - O dólar no mercado de câmbio à vista fechou esta última sessão de negócios do terceiro trimestre do ano com leves quedas e no patamar de R$ 2,02 - no qual permaneceu a maior parte do tempo durante o mÊs de setembro.

O dólar no balcão encerrou esta sexta-feira com baixa de 0,10%, a R$ 2,0290. Com o resultado, em setembro o dólar ficou praticamente estável: acumulou queda de 0,05% diante do real. No ano, porém, a divisa dos EUA acumula valorização de 8,56%. Na BM&FBovespa, o dólar spot encerrou com queda de 0,21%, a R$ 2,0268 - mínima do dia.

No mercado futuro, às 17h24, o dólar para novembro de 2012 recuava 0,10%, a R$ 2,0370, com giro de US$ 15,42 bilhões. O dólar para outubro de 2012 subia 0,02%, a R$ 2,0305.

A relativa estabilidade do câmbio no Brasil em setembro foi garantida pelos quatro leilões de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólar futuro) feitos pelo Banco Central e constantes declarações de integrantes do Ministério da Fazenda reafirmando a disposição do governo em garantir a sustentação do dólar acima de R$ 2,00.


Por causa disso, o desempenho mensal da moeda dos Estados Unidos ante o real foi mais contido do que as perdas computadas pelo dólar em relação ao euro e outras divisas no exterior. O índice Dólar Index, que mede a variação da moeda norte-americana em relação a outras seis moedas fortes, por exemplo, computou desvalorização de 1,59% no mês. O euro computou alta de cerca de 2,16% em setembro, cotado a R$ 1,2851 por volta das 17 horas.

Na sessão desta sexta-feira o dólar chegou a subir e atingiu a máxima no fim da manhã, de R$ 2,035 (+0,20%) no balcão, acompanhando a valorização da moeda dos EUA no exterior. Contudo, após o meio-dia, houve inversão de sinal e o dólar passou a cair e atingiu a mínima, de R$ 2,0260 (-0,25%), pressionado pelos últimos movimentos dos investidores, sobretudo os estrangeiros que apostaram na queda do dólar e estão vendidos no mercado futuro, para forçar uma taxa Ptax para baixo, afirmou um operador. A taxa média diária do dólar (Ptax) é definida pelo BC após quatro consultas até às 13 horas. A ptax de hoje ficou em R$ 2,0306, baixa de 0,02%. Esta taxa vai liquidar na segunda-feira o contrato futuro de dólar para outubro na BM&FBovespa e servirá para os ajustes dos vencimentos de contratos de swaps.

O recuo do dólar ante o real nesta sexta-feira também destoou da alta da moeda norte-americana no exterior. Lá fora, o ambiente negativo de negócios foi determinado por novos dados ruins da economia dos Estados Unidos e pelos temores relacionados à crise fiscal na Espanha. O aguardado resultado dos testes de estresse dos bancos espanhóis foi considerado positivo pelos investidores e analistas. A Espanha informou que o déficit de capital dos bancos é de € 59,3 bilhões em um cenário de estresse. Os testes mostram que sete bancos precisam aumentar suas reservas de capital, enquanto outros sete estão adequadamente capitalizados em um cenário econômico adverso, entre eles o Santander.

Em Nova York, às 17h24, o euro caía a US$ 1,2846, de US$ 1,2913 no fim da tarde de ontem. O dólar norte-americano também sobe no exterior diante do dólar australiano (0,73%), do dólar canadense (0,30%) e do dólar neozelandês (0,36%).

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