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Dólar a 3,14 reais; Ambev cai 3,9%…

Bolsa cai, dólar sobe O mau humor se instaurou no mercado e o Ibovespa caiu 1,69% nesta quinta-feira. As perdas vieram com balanços fracos e com investidores esperando uma alta dos juros nos Estados Unidos já na reunião de março. Nos Estados Unidos, o dia também foi de perdas nas bolsas, após o recorde de […]

CARLOS BRITO: presidente da AB Inbev e outros executivos ficarão sem bônus após resultados fracos  / CLAUDIO GATTI

CARLOS BRITO: presidente da AB Inbev e outros executivos ficarão sem bônus após resultados fracos / CLAUDIO GATTI

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2017 às 18h46.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

Bolsa cai, dólar sobe

O mau humor se instaurou no mercado e o Ibovespa caiu 1,69% nesta quinta-feira. As perdas vieram com balanços fracos e com investidores esperando uma alta dos juros nos Estados Unidos já na reunião de março. Nos Estados Unidos, o dia também foi de perdas nas bolsas, após o recorde de alta do Dow Jones na quarta-feira. O Dow Jones caiu XX%; 0,53% e o S&P 500, 0,59%. Por aqui, as ações preferenciais da mineradora Vale caíram 4,8%; e as da Petrobras, 2,6%. Já o dólar subiu 1,55% — a maior alta ante o real em três meses. Com isso, o dólar fechou o dia em 3,14 reais.

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Ambev: o 2016 desafiador

Um resultado fraco e a falta de um plano claro para 2017 fizeram as ações da companhia de bebidas Ambev cair 3,9% nesta quinta-feira. A empresa teve em 2016 pela primeira vez desde sua criação, em 1999, uma redução na receita. O faturamento recuou 2,4% no ano, para 45,6 bilhões de reais. A geração de caixa no país teve uma retração de 19,7% em 2016, para 11,32 bilhões de reais. “2016 provou ser um dos anos mais desafiadores de nossa história”, disse a companhia em comunicado. Em teleconferência com analistas, o presidente da Ambev afirmou que a empresa prevê retomar sua participação de mercado em 2017 no Brasil, mas não divulgou nenhuma estratégia nova para voltar ao patamar histórico de 69%. Em 2016, a Ambev alcançou uma participação de 66% no Brasil, segundo a consultoria Nielsen.

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Brito sem bônus

Sem atingir as metas, executivos da AB Inbev, maior cervejaria do mundo e controladora da brasileira Ambev, ficarão sem bônus pela primeira vez desde 2008. O corte no bônus afeta a maioria dos membros da alta administração, incluindo o presidente, Carlos Brito, e o diretor financeiro, Felipe Dutra. Em 2012, o jornal Financial Times estimou em 181 milhões de dólares o bônus de Brito. O lucro da companhia no quarto trimestre foi de 400 milhões de dólares, ante os 2,29 bilhões do mesmo período de 2015. A AB Inbev apontou o Brasil como um dos principais responsáveis pelo desempenho ruim. A geração de caixa da companhia em 2016 foi de 5,25 bilhões de dólares — queda de 3,6% na comparação anual. Excluindo o Brasil, o indicador teria avançado 6,4% no período. A AB também anunciou que deve investir apenas 3,7 bilhões de dólares em 2017, ante os 4,7 bilhões investidos no ano passado.

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Selic a 11,25?

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária realizada na última semana indica que o Banco Central poderá acelerar o ritmo de queda da taxa de juro. “Os membros do comitê reafirmaram o entendimento de que, com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária”, informa o documento. Com isso, economistas começam a afirmar que o BC poderá cortar os juros em 1 ponto percentual na próxima reunião, que será nos dias 11 e 12 de abril.

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Superávit recorde
O Brasil teve um superávit comercial de 4,5 bilhões de dólares em fevereiro — o melhor resultado da história para o mês. As exportações tiveram alta de 22,4% em fevereiro, enquanto as importações cresceram 11,8% — sempre na comparação com o mesmo mês de 2016. No acumulado do ano, o saldo comercial do Brasil foi de 7,28 bilhões de dólares, acima dos 3,95 bilhões obtidos no primeiro bimestre de 2016. O movimento dos primeiros meses de 2017 é diferente do registrado nos dois últimos anos, quando o superávit foi resultado de uma queda maior nas importações que nas exportações, devido à recessão econômica. Desta vez, o valor mais alto das commodities está ajudando o país.

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Recorde no pré-sal

A produção de petróleo no pré-sal bateu novo recorde em janeiro, chegando a 1,27 milhão de barris por dia. O valor corresponde a 47% do total produzido no país. A maior parte da contribuição vem do Campo de Lula, na Bacia de Santos, que produziu 729.000 barris de petróleo em janeiro. Ao todo, foram produzidos 2,68 milhões de barris diários — um crescimento de 14,2% em relação a janeiro de 2016.

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