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DIs têm queda reforçada; mercados externos avançam

Os operadores ainda estão analisando o último comunicado do Comitê de Política Monetária, o Copom

A avaliação do mercado é a de que o Banco Central deixou a porta aberta para a possibilidade de continuar reduzindo a taxa básica, a Selic (Germano Lüders/Você S/A)

A avaliação do mercado é a de que o Banco Central deixou a porta aberta para a possibilidade de continuar reduzindo a taxa básica, a Selic (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 19h34.

São Paulo - Os juros futuros voltaram a cair no mercado doméstico nesta sexta-feira, com operadores ainda analisando o último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) e a maioria das bolsas internacionais esboçando uma recuperação, após dados sobre confiança empresarial na Alemanha e de balanços corporativos.

A avaliação do mercado é a de que o Banco Central deixou a porta aberta para a possibilidade de continuar reduzindo a taxa básica, a Selic, o que provocou revisão de expectativas e forte ajuste para baixo dos DIs desde quinta-feira, quando foi registrado recorde em suas operações. Na quarta-feira, o Copom havia reduzido a Selic em 0,75 ponto percentual, para 9 por cento ao ano.

A curva de juros precifica agora quase totalmente uma queda de 0,50 ponto percentual na reunião de maio, mas ainda com algumas apostas minoritárias em uma redução menor, de 0,25 ponto percentual, de acordo com operadores. Com a taxa básica de juros em queda, as aplicações em renda fixa ficam menos atrativas e poderia ocorrer uma migração para a poupança, cuja remuneração é fixada em 0,50 por cento ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR).

Questionada sobre o assunto, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que cabe ao Ministério da Fazenda cuidar dessa aplicação. Ainda no mercado local, o dólar fechou em baixa ante o real, interrompendo cinco sessões seguidas de alta, com o mercado testando patamares mais baixos da moeda.

A dúvida era quando o BC voltaria a fazer leilões de compra de dólares no mercado à vista, sendo que realizou apenas um leilão nesta sexta-feira. Na véspera, quando a moeda chegou perto de 1,90 real, o BC não atuou. O BC vinha fazendo desde a quinta-feira da semana passada dois leilões por sessão.

No exterior, os principais índices acionários da Europa fecharam, nesta sexta-feira, sua melhor semana em um mês. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, ganhou 0,51 por cento, para 1.046 pontos.

Nos Estados Unidos, as variações foram mais modestas e o Nasdaq ainda fechou em queda. O Dow Jones e o S&P 500 subiram impulsionados por balanços sólidos do McDonald's, da General Electric e da Microsoft, embora quedas em papéis do setor bancário e de tecnologia os tenham afastado de suas máximas diárias.

A abertura dos pregões norte-americanos foi favorecido por dados melhores sobre o clima de negócios na Alemanha, que tiraram um pouco o foco da crise da dívida da zona do euro. O instituto IFO informou que seu índice de confiança do empresariado do país subiu inesperadamente em abril para 109,9, ante 109,8 em março.

Neste fim de semana, o mercado deve também ficar atento aos encontros do G20, grupo formado pelas principais economias do mundo, e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.

Um dos temas em discussão é o aumento de recursos do órgão de financiamento internacional. Autoridades do governo italiano afirmaram que, do aporte total que o FMI vai receber, 350 bilhões de dólares virão de países que já prometeram injetar recursos na instituição. O restante sairá de novos países, incluindo os Brics -grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta sexta-feira que, com os novos recursos, a capacidade total de empréstimos da instituição agora é de mais de 1 trilhão de dólares.

Além de notícias sobre esses encontros, podem influenciar o humor dos mercados na segunda-feira dados do PMI (índice de gerente de de indústria e serviços relativos a abril da zona do euro, da Alemanha, da França e da China.

No Brasil, será divulgado o IPC-S da terceira quadrissemana, o relatório Focus, o relatório da Dívida Pública Federal e dados da balança comercial semanal.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros nesta sexta-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,8695 real, em queda de 0,64 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 0,2 por cento, para 62.494 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,09 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,91 por cento, a 31.899 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 8,890 por cento ao ano, ante 8,900 por cento no ajuste anterior.

EURO - Às 19h01, a moeda comum europeia era cotada a 1,3226 dólar, ante 1,3134 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 132,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,061 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil ficou estável em 181 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 4 pontos, a 330 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones fechou em alta de 0,50 por cento, a 13.029 pontos, o S&P 500 registrou valorização de 0,12 por cento, a 1.378 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,24 por cento, aos 3.000 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subiu 0,78 dólar, a 103,05 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9594 por cento, frente a 1,968 por cento no fechamento anterior.

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